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UniCesumar sediou seminário sobre Doenças Celíacas

Foi realizado, na última quarta-feira (8), o II Seminário de Doenças Celíacas e o Pós-Diagnóstico. O evento reuniu cerca de 300 pessoas e foi organizado por meio de uma parceria entre o grupo de Celíacos da Liga Acadêmica Maringaense de Gastroenterologia (LAMAG) e a sociedade civil organizada, com o apoio da Coordenação de Nutrição e Gastronomia da UniCesumar.

A Gastroenterogista Dra. Danielle de Castro Kiatoski foi uma das convidadas do evento, ela é especialista em Doenças Celíacas e viaja por várias cidades falando sobre o assunto. Para ela, é um desafio buscar a qualidade de vida de quem convive com o problema. “O celíaco fica à margem, é a pessoa que não pode ir na tua casa ou em um barzinho porque ele não vai poder comer nada. Eu tive uma reunião em Curitiba e uma menina, de apenas 12 anos, que é presidente da associação de lá me disse que o que mais chateia ela é quando dizem que isso é frescura”.

Ainda segundo a médica, a divulgação é muito importante, porque amplia o debate sobre o assunto e ainda há muita falta de informação e compreensão. “Quando a gente tem esse tipo de divulgação, estamos ampliando, fazendo verdadeiramente uma inclusão, que é o mais importante. O objetivo principal é promover uma inclusão social, para que eles tenham para onde ir e que possam comer com segurança na rua. Sem ser chamado de fresco, como essa menina”.

Os riscos do consumo de glúten para os celíacos são inúmeros, vão desde uma indisposição, até uma lesão intestinal grave ou doenças desencadeadas posteriormente, como diabetes, doenças de tireoide, abortamento, infertilidade ou até mesmo doenças autoimunes graves. Além desses problemas, os alimentos produzidos hoje não são baratos e nem sempre são totalmente livres do glúten, devido às dietas voltadas para o emagrecimento.

Por estes motivos, o grupo tem trabalhado também para que as redes de supermercados abracem a causa. Raysa Mantovani é nutricionista em uma grande rede de supermercados de Maringá, ela foi convidada pelos clientes para participar do evento e adquirir mais conhecimento a respeito da doença. “Eu uso meus conhecimentos para ajudar eles a escolherem os produtos, por isso é importante me reciclar e entender sobre o assunto. Ainda há muitos produtos em falta na linha de produção e que precisam se tornar mais acessíveis”, ressaltou a nutricionista ao lembrar da importância de os celíacos também poderem viver bem.

Segundo a presidente da LAMAG, Mariana Fabrini Gomes, o objetivo do evento foi de conscientizar sobre os danos que a doença pode causar se não levada a sério. “Queremos debater sobre a doença, há um risco na contaminação cruzada para quem é celíaco, que é passar um alimento sem glúten manuseando com o mesmo garfo que foi utilizado em um alimento com glúten. Isso poderá desencadear todos os sintomas do consumo direto da substância”.

PERIODICIDADE

O intuito é que o evento aconteça todos os anos, sempre em maio, por ser o mês de conscientização da doença. “O evento é aberto para todo o tipo de público interessado em obter novos conhecimentos sobre a doença e pessoas que convivem com esse mal”, ressaltou Mariana Fabrini ao lembrar que, neste ano, a ideia do evento foi de realizar uma mesa redonda de discussão, para que o público pudesse participar e sanar suas dúvidas.

 

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