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04/11/2009
Comunicação Pública é debatida na Semana de Jornalismo
Assessoria de Imprensa Unicesumar
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| Palestrantes ressaltam importância dos debates atuais e possibilidades de ampliação da comunicação pública no país |
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O complexo sistema público de comunicação no Brasil pautou os debates da abertura da 6ª Semana de Jornalismo do Cesumar, ontem à noite no auditório do bloco 6. Para discorrer sobre o assunto, estiveram presentes Cristina Cortez, diretora de radiojornalismo da Associação Brasileira de Rádios Públicas (ABRP) e coordenadora da Rádio Universitária da UEL, Fabiano Pereira, diretor da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) e coordenador da TV Universitária da Unimep-Piracicaba e Rozinaldo Miani, docente e coordenador do curso de Especialização em Comunicação Comunitária da UEL.
O pró-reitor acadêmico do Cesumar, professor Cláudio Ferdinandi e a diretora de Ensino, Solange Lopes participaram da solenidade de abertura do evento, ao lado da coordenadora do curso de Jornalismo, Cibele Abdo Rodella e da professora doutora Renata Lara Pimental, coordenadora científica da Semana. Cibele destacou a crescente participação dos estudantes de jornalismo em projetos de pesquisa e a melhoria da qualidade dos trabalhos, lembrando que no EPCC (Encontro de Produção Científica do Cesumar), encerrado semana passada, mais de 40 trabalhos desta área foram apresentados, sendo um deles premiado como o melhor trabalho da área de humanas.
Sobre o tema "Sistema Público de Comunicação: a democratização em debate", escolhido para a Semana, a professora doutora Ana Paula Machado Velho, coordenadora do evento, explicou que o debate é importante para que haja uma compreensão melhor sobre esse sistema, que ainda carece de uma regulamentação atualizada no Brasil, e pelo "significativo papel que as TVs educativas exercem na formação de nossos estudantes". Ela também relacionou o debate à 1ª Conferência Nacional de Comunicação que acontecerá em dezembro, mobilizando a sociedade em torno das proposições que visam à democratização e a assegurar o direito de todos à comunicação e informação livres e independentes.
Debate
O primeiro palestrante a falar no painel de debates foi Fabiano Pereira. Ele começou explicando que o Sistema Público de Radiodifusão abarca tanto as rádios quanto as TVs educativas, universitárias, legislativas e comunitárias e afirmou que elas não são estatais, como pensa a maioria das pessoas. Também frisou que essas emissoras se diferenciam das comerciais porque dialogam com a comunidade e seus conteúdos não estão atrelados aos "interesses comerciais".
Pereira deixou claro ainda a preocupação da ABTU em manter as TVs universitárias como espaço democrático para aprendizagem social dos alunos. "Isso tem gerado esforço para a profissionalização dos conteúdos da TV pública", disse ele, ao criticar emissoras que tentam copiar o modelo das comerciais. "Quando fazem isso, perdem sua essência", assinalou. Ainda na visão do diretor da ABTU, o momento é importante e vislumbra-se um crescimento das TVs públicas no país após a realização da Conferência Nacional de Comunicação. "Mas é preciso cuidado para conseguir assegurar melhoria para o sistema, pois se antevê um verdadeiro embate com os representantes das TVs comerciais que querem manter sua hegemonia."
A trajetória da radiodifusão no Brasil foi exposta por Cristina Cortez, que assinalou o atraso da nossa legislação, ainda do ano de 1931. A respeito do surgimento das rádios educativas, ela lembrou que se deu nos anos de 1960, como proposta do governo de fazer educação via rádio, sistema este que não se sustentou, exigindo reformulação a partir dos anos 90, quando estas emissoras passaram a contar com apoios culturais. "Mas a partir dos anos 2000, emissoras educativas precisam novamente se renovar e começam os debates sobre o papel que devem exercer na sociedade", completou.
Completando a discussão, o professor Rozinaldo Miani discorreu sobre comunicação comunitária, apresentando questionamentos em torno da nova preocupação com a comunicação pública e a relação com o universo das emissoras educativas. Para ele, as principais características que demarcam a comunicação comunitária dizem respeito em primeiro lugar ao processo de produção e decisão participativa e em segundo ao nível de emancipação política e social das comunidades.
Miani encerrou afirmando que não se pode perder de vista as razões que motivaram o surgimento da comunicação comunitária, que foi a necessidade de democratizar a comunicação no país. "Não se pode esquecer também que rádio comunitária é um instrumento de luta política e oseu comprometimento deve ser com o grupo que conquistou o direito de uso e não com outros interesses."
Programação
A programação da Semana de Jornalismo prossegue até amanhã, quinta-feira. Hoje à noite, haverá palestra sobre "O Sistema Educativo de Rádio: um panorama histórico", com Afrísio Lucas Jr., docente do Cesumar e coordenador do Núcleo de Publicidade da RUC-FM. Depois, haverá e mesa redonda "Os Desafios da Comunicação Educativa na Região de Maringá, reunindo Marialva Taques, que falará sobre O Projeto TV Universitária da UEM; o professor Cláudio Ferdinandi, que apresentará o Projeto da TV Cesumar; Elias de Paula, falando sobre a Rádio Cesumar e Paulino dos Santos, falando sobre a Rádio UEM-FM. O encontro encerra-se amanhã com apresentação de trabalhos científicos por alunos e ex-alunos de jornalismo do Cesumar.
O pró-reitor acadêmico do Cesumar, professor Cláudio Ferdinandi e a diretora de Ensino, Solange Lopes participaram da solenidade de abertura do evento, ao lado da coordenadora do curso de Jornalismo, Cibele Abdo Rodella e da professora doutora Renata Lara Pimental, coordenadora científica da Semana. Cibele destacou a crescente participação dos estudantes de jornalismo em projetos de pesquisa e a melhoria da qualidade dos trabalhos, lembrando que no EPCC (Encontro de Produção Científica do Cesumar), encerrado semana passada, mais de 40 trabalhos desta área foram apresentados, sendo um deles premiado como o melhor trabalho da área de humanas.
Sobre o tema "Sistema Público de Comunicação: a democratização em debate", escolhido para a Semana, a professora doutora Ana Paula Machado Velho, coordenadora do evento, explicou que o debate é importante para que haja uma compreensão melhor sobre esse sistema, que ainda carece de uma regulamentação atualizada no Brasil, e pelo "significativo papel que as TVs educativas exercem na formação de nossos estudantes". Ela também relacionou o debate à 1ª Conferência Nacional de Comunicação que acontecerá em dezembro, mobilizando a sociedade em torno das proposições que visam à democratização e a assegurar o direito de todos à comunicação e informação livres e independentes.
Debate
O primeiro palestrante a falar no painel de debates foi Fabiano Pereira. Ele começou explicando que o Sistema Público de Radiodifusão abarca tanto as rádios quanto as TVs educativas, universitárias, legislativas e comunitárias e afirmou que elas não são estatais, como pensa a maioria das pessoas. Também frisou que essas emissoras se diferenciam das comerciais porque dialogam com a comunidade e seus conteúdos não estão atrelados aos "interesses comerciais".
Pereira deixou claro ainda a preocupação da ABTU em manter as TVs universitárias como espaço democrático para aprendizagem social dos alunos. "Isso tem gerado esforço para a profissionalização dos conteúdos da TV pública", disse ele, ao criticar emissoras que tentam copiar o modelo das comerciais. "Quando fazem isso, perdem sua essência", assinalou. Ainda na visão do diretor da ABTU, o momento é importante e vislumbra-se um crescimento das TVs públicas no país após a realização da Conferência Nacional de Comunicação. "Mas é preciso cuidado para conseguir assegurar melhoria para o sistema, pois se antevê um verdadeiro embate com os representantes das TVs comerciais que querem manter sua hegemonia."
A trajetória da radiodifusão no Brasil foi exposta por Cristina Cortez, que assinalou o atraso da nossa legislação, ainda do ano de 1931. A respeito do surgimento das rádios educativas, ela lembrou que se deu nos anos de 1960, como proposta do governo de fazer educação via rádio, sistema este que não se sustentou, exigindo reformulação a partir dos anos 90, quando estas emissoras passaram a contar com apoios culturais. "Mas a partir dos anos 2000, emissoras educativas precisam novamente se renovar e começam os debates sobre o papel que devem exercer na sociedade", completou.
Completando a discussão, o professor Rozinaldo Miani discorreu sobre comunicação comunitária, apresentando questionamentos em torno da nova preocupação com a comunicação pública e a relação com o universo das emissoras educativas. Para ele, as principais características que demarcam a comunicação comunitária dizem respeito em primeiro lugar ao processo de produção e decisão participativa e em segundo ao nível de emancipação política e social das comunidades.
Miani encerrou afirmando que não se pode perder de vista as razões que motivaram o surgimento da comunicação comunitária, que foi a necessidade de democratizar a comunicação no país. "Não se pode esquecer também que rádio comunitária é um instrumento de luta política e oseu comprometimento deve ser com o grupo que conquistou o direito de uso e não com outros interesses."
Programação
A programação da Semana de Jornalismo prossegue até amanhã, quinta-feira. Hoje à noite, haverá palestra sobre "O Sistema Educativo de Rádio: um panorama histórico", com Afrísio Lucas Jr., docente do Cesumar e coordenador do Núcleo de Publicidade da RUC-FM. Depois, haverá e mesa redonda "Os Desafios da Comunicação Educativa na Região de Maringá, reunindo Marialva Taques, que falará sobre O Projeto TV Universitária da UEM; o professor Cláudio Ferdinandi, que apresentará o Projeto da TV Cesumar; Elias de Paula, falando sobre a Rádio Cesumar e Paulino dos Santos, falando sobre a Rádio UEM-FM. O encontro encerra-se amanhã com apresentação de trabalhos científicos por alunos e ex-alunos de jornalismo do Cesumar.
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