Começou na noite de ontem mais uma edição da jornada de odontologia do Cesumar. Este ano, a abertura contou com a presença do presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Miguel Álvaro Santiago Nobre, que veio pela primeira vez à cidade em oito anos de mandato. Além do representante do CFO estavam presentes o reitor do Cesumar, Wilson de Matos Silva, o pró-reitor, Cláudio Ferdinandi e o secretário de saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi.
Miguel Nobre começou sua palestra falando aos alunos de odontologia da importância do egresso saber se defender quando vai para o mercado de trabalho. "Às vezes, inadvertidamente, ele cai nas mãos de clínicas populares, com remuneração extremamente baixa, sem preocupação com a biossegurança, inclusive se colocando a mercê de faltas éticas, quase involuntárias", alerta.
Com o objetivo de despertar a atenção dos participantes e principalmente dos jovens, o presidente também falou sobre a necessidade das mudanças que já estão sendo feitas no modelo brasileiro de odontologia. "Os nossos idosos chegavam ao fim da vida sem os seus dentes funcionais, sendo atendidos pela vida toda, então alguma coisa não estava bem. As crianças pouco visitavam o dentista, e quando iam, logo em seguida já surgia necessidade de retratamento", exemplificou.
Ainda falando do antigo modelo, Miguel explicou que o que se tinha até então era um modelo curativo, que gerava grandes despesas e trabalhava apenas com a doença. "Naquele modelo quem não estava doente não era atendido", comentou.
Hoje a odontologia preconizada pelo CFO usa um modelo preventivo, que trabalha na perspectiva da população não adoecer. "Um jovem hoje tem dificuldades para conseguir lugar no mercado de trabalho, o mercado não é bom para nenhuma profissão, mas se não tivesse os dentes da frente, não teria emprego. A boca é um órgão impar, porque é um órgão que fala, que ri, que reclama, que ama e que grita", brinca Miguel, ao falar da importância da prevenção. A 5ª Jornada de Odontologia vai até sexta, dia 13, pela manhã.