A inteligência emocional é a capacidade de administrar as emoções para alcançar objetivos. O conceito surgiu em 1990, proposto pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer, no entanto, tornou-se conhecido mundialmente após a publicação do livro Inteligência Emocional, em 1995, por Daniel Goleman.
Desde então, muitos pesquisadores têm tratado o tema, indicando que o êxito em nossas vidas, no campo pessoal ou profissional, depende de como lidamos com as nossas emoções. Um dos pesquisadores brasileiros a se debruçar sobre o assunto é o médico psiquiatra Augusto Cury, autor de dezenas de livros sobre o tema e também criador do programa Freemind (baseado na teoria da Inteligência Multifocal), recentemente adotado pela Unicesumar com a finalidade de ajudar seus alunos a desenvolver melhor suas habilidades com base no autoconhecimento.
O método vem sendo utilizado pela instituição desde agosto através de um programa criado para fazer com que os conteúdos cheguem até os alunos. Em visita à instituição há poucos dias, Augusto Cury disse que a Unicesumar é pioneira neste tipo de ação entre universidades brasileiras. Ele afirmou que a iniciativa demonstra a preocupação que a instituição tem com a formação de seus alunos.
Desenvolvido pelo teórico ao longo de anos de estudos, o programa Freeming se baseia em técnicas que ajudam a pessoa a organizar melhor o pensamento, desenvolver a criatividade, o raciocínio, a associação de ideias, levando em conta a própria organização do cérebro e o autoconhecimento.
"A Unicesumar visa com essa proposta desenvolver profissionais com maior autonomia de decisões e melhor preparados para os desafios do mercado de trabalho", explica o pró-reitor de ensino, Valdecir Simão. "Além de nos preocuparmos em qualificar bem tecnicamente nossos alunos, queremos prepará-los integralmente para a vida", completou.
O programa é aplicado pela equipe das disciplinas de Formação Sociocultural e Ética e Metodologia da Pesquisa e as aulas são ministradas à distância durante o quarto bimestre.
A proposta
De acordo com a coordenadora do programa, professora Cristina Herold Constantino, trabalhar com a inteligência emocional é um diferencial que a instituição passa a oferecer para os acadêmicos. "Percebemos hoje muitos alunos fragilizados, que trazem seus problemas para a sala de aula, não conseguem separar suas emoções e lidar com equilíbrio diante das diferentes situações da vida. Fica claro o quanto isso interfere no desempenho acadêmico. Por isso resolvemos investir no programa, pois acreditamos que nossa missão é ir além e investir na formação integral do indivíduo", justificou.
Segundo observou a psicóloga Aparecida Cristina Cardoso, que integra a equipe, trata-se de um trabalho voltado para a educação emocional do jovem. "O modelo que se tem hoje nas universidades é o da formação meramente científica. Porém, o nosso aluno hoje está tendo a oportunidade de unir o conhecimento científico ao desenvolvimento emocional. É um trabalho em prol da atuação dele no futuro e a construção de uma carreira mais assertiva", disse ela.
O grande desafio para a equipe, conforme lembrou Cristina Herold, foi encontrar uma metodologia atrativa para os alunos. "Nosso grupo fez uma imersão no método, vivenciando semanalmente o programa Freemind, além de buscarmos a leitura e discussão de muitos dos livros do autor. Depois de muitos estudos, criamos videoaulas, com diferentes formatos, que foram disponibilizados para os alunos, inserindo assim as propostas de Freemind em suas vidas", contou a professora, que afirmou ainda estar recebendo um retorno positivo dos alunos. "Muitos têm nos enviado mensagens ou vindo pessoalmente falar da satisfação com o programa e isso tem nos deixado muito felizes. Temos certeza que é um diferencial para suas vidas", concluiu.
Serviço
Os vídeos com as propostas Freemind estão hoje disponíveis para qualquer pessoa na página da instituição na internet. O acesso é livre e pode ser feito aqui.