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28/01/2014
Pesquisa mostra que educação básica precisa melhorar na região
Numa prova aplicada no final do ano para avaliar conhecimentos de português e matemática entre alunos do 5º ano, a média obtida foi de 4.8
Assessoria de Imprensa Unicesumar
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| Diretores, coordenadores e secretários de educação assistem à apresentação dos resultados da pesquisa |
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Cerca de duzentos diretores, coordenadores de escolas e secretários municipais de educação da região da Amusep estiveram nesta terça-feira (28/01) de manhã na Unicesumar para conhecer o resultado de uma pesquisa que foi aplicada sobre a qualidade da educação nesses municípios. O encontro teve a participação do reitor Wilson de Matos Silva, que defendeu a necessidade de uma melhoria urgente na educação por meio muitas vezes de ações simples. "Tenho conhecido modelos de educação pelo mundo e ninguém tem inventado nada muito novo. Acredito que precisamos de mais empenho", disse ele ao abrir a reunião.
A pesquisa apresentada aos educadores é resultado de um trabalho que vem sendo realizado pela equipe do Programa de Excelência na Educação Básica lançado no ano passado pela Unicesumar e ligado ao programa de Mestrado em Gestão do Conhecimento. Com a proposta de encontrar soluções para ajudar os municípios a superar a baixa qualidade da educação, o programa lançou mão primeiramente de uma pesquisa para avaliar o comportamento de alunos, famílias e professores. Num segundo momento, foi aplicada uma prova para avaliar o conhecimento em português e matemática dos alunos do 5º ano nas escolas desses municípios.
A prova aplicada no inicio de dezembro foi semelhante à Prova Brasil que é realizada a cada dois anos pelo MEC. Participaram 113 escolas de trinta municípios e 6.651 alunos fizeram o exame. A média geral dos municípios ficou em 4.8, num intervalo de 0 a 10. Para o coordenador da pesquisa, professor José Gonçalves Vicente , a média é baixa e ficou dentro da realidade que encontramos hoje no país. "Nós só constatamos que de fato precisamos de uma nova escola. É muito triste ver que estamos formando crianças que sabem a metade do que deveriam", lamentou o professor, observando em seguida que "precisamos das famílias e da sociedade para apoiar as escolas e professores nessa luta pela transformação da educação".
Na classificação geral das notas, o exame mostrou que só 5,6% dos alunos são ótimos e estes, na avaliação do professor Vicente, são o que teriam maiores chances de ir até o fim nos estudos de forma plenamente; 23,9 são bons; 41% regulares; 27,7% são ruins e 1,7% são péssimos. Conforme lembrou o pesquisador, o grande problema é que entre os alunos de baixo desempenho, muitos acabam desistindo de estudar. O professor fez críticas ao Governo que, segundo disse, não tem intenção de melhorar a educação. "Por isso, estamos intervindo aqui em nossa região, procurando ajudar de alguma forma estas escolas e esses professores, ainda que este papel não seja nosso enquanto uma instituição particular", alegou.
Pesquisa piloto
Para tentar descobrir quais os problemas que levam à baixa qualidade da educação, foi feita uma pesquisa piloto em cinco municípios da região, onde foram ouvidos 737 alunos, pais e professores. A pesquisa mostrou principalmente que o tempo de estudo dedicado pelos alunos em casa é muito baixo. Quase 25% estudam menos de quinze minutos por dia, enquanto 27% estudam de 15 a 30 minutos e só 15% estudam mais de uma hora.
Cerca de 33% dos alunos não fazem tarefa em casa ou fazem apenas de vez em quando. Poucos usam a biblioteca na escola, já a internet é acessada por quase 47%. Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi quanto ao local que mais os alunos gostam na escola. Aproximadamente 70% deles preferem o pátio e a quadra de esportes à sala de aula. Ao mesmo tempo, cerca de 77% consideram a escola ótima, o que é uma incoerência, na visão do coordenador da pesquisa, diante do baixo desempenho apresentado pelos estudantes.
Em relação aos pais, a pesquisa apontou que 91% deles aprovam a escola, mas os professores reclamam da falta de envolvimento das famílias para ajudar na educação dos filhos. No questionário, 46% dos professores apenas disseram que o envolvimento é bom ou ótimo, enquanto 55% disseram ser regular, ruim ou péssimo. Os professores avaliaram ainda a infraestrutura da escola e a maioria disse ser ótima ou boa, assim como o relacionamento entre professores, equipe pedagógica e direção. No geral, 80% consideram a escola ótima ou boa. Ao mesmo tempo, 41% disseram que mudariam de profissão se tivessem oportunidade.
As ações
Além de apresentar os resultados do levantamento, a equipe responsável pelo projeto elaborou propostas para que os municípios possam conjuntamente realizar ações em busca de uma melhoria. A Unicesumar irá contribuir com essas ações disponibilizando na estrutura da EAD (Educação a Distância) uma plataforma para que os municípios e as escolas possam se conectar, trocar informações, acessar material, tirar dúvidas e assistir a vídeos. De acordo com as coordenadoras pedagógicas do programa, serão também montados vídeos específicos em cima das principais dificuldades apresentadas pelos alunos e tanto eles quanto os professores poderão ter acesso a este conteúdo gratuitamente.
O Programa de Excelência na Educação Básica continuará ainda acompanhando a situação dos municípios aplicando novas avaliações periodicamente. Para o professor Vicente, é um esforço que não pode parar. "É preciso o envolvimento de todos e principalmente das famílias e da sociedade."
A pesquisa apresentada aos educadores é resultado de um trabalho que vem sendo realizado pela equipe do Programa de Excelência na Educação Básica lançado no ano passado pela Unicesumar e ligado ao programa de Mestrado em Gestão do Conhecimento. Com a proposta de encontrar soluções para ajudar os municípios a superar a baixa qualidade da educação, o programa lançou mão primeiramente de uma pesquisa para avaliar o comportamento de alunos, famílias e professores. Num segundo momento, foi aplicada uma prova para avaliar o conhecimento em português e matemática dos alunos do 5º ano nas escolas desses municípios.
A prova aplicada no inicio de dezembro foi semelhante à Prova Brasil que é realizada a cada dois anos pelo MEC. Participaram 113 escolas de trinta municípios e 6.651 alunos fizeram o exame. A média geral dos municípios ficou em 4.8, num intervalo de 0 a 10. Para o coordenador da pesquisa, professor José Gonçalves Vicente , a média é baixa e ficou dentro da realidade que encontramos hoje no país. "Nós só constatamos que de fato precisamos de uma nova escola. É muito triste ver que estamos formando crianças que sabem a metade do que deveriam", lamentou o professor, observando em seguida que "precisamos das famílias e da sociedade para apoiar as escolas e professores nessa luta pela transformação da educação".
Na classificação geral das notas, o exame mostrou que só 5,6% dos alunos são ótimos e estes, na avaliação do professor Vicente, são o que teriam maiores chances de ir até o fim nos estudos de forma plenamente; 23,9 são bons; 41% regulares; 27,7% são ruins e 1,7% são péssimos. Conforme lembrou o pesquisador, o grande problema é que entre os alunos de baixo desempenho, muitos acabam desistindo de estudar. O professor fez críticas ao Governo que, segundo disse, não tem intenção de melhorar a educação. "Por isso, estamos intervindo aqui em nossa região, procurando ajudar de alguma forma estas escolas e esses professores, ainda que este papel não seja nosso enquanto uma instituição particular", alegou.
Pesquisa piloto
Para tentar descobrir quais os problemas que levam à baixa qualidade da educação, foi feita uma pesquisa piloto em cinco municípios da região, onde foram ouvidos 737 alunos, pais e professores. A pesquisa mostrou principalmente que o tempo de estudo dedicado pelos alunos em casa é muito baixo. Quase 25% estudam menos de quinze minutos por dia, enquanto 27% estudam de 15 a 30 minutos e só 15% estudam mais de uma hora.
Cerca de 33% dos alunos não fazem tarefa em casa ou fazem apenas de vez em quando. Poucos usam a biblioteca na escola, já a internet é acessada por quase 47%. Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi quanto ao local que mais os alunos gostam na escola. Aproximadamente 70% deles preferem o pátio e a quadra de esportes à sala de aula. Ao mesmo tempo, cerca de 77% consideram a escola ótima, o que é uma incoerência, na visão do coordenador da pesquisa, diante do baixo desempenho apresentado pelos estudantes.
Em relação aos pais, a pesquisa apontou que 91% deles aprovam a escola, mas os professores reclamam da falta de envolvimento das famílias para ajudar na educação dos filhos. No questionário, 46% dos professores apenas disseram que o envolvimento é bom ou ótimo, enquanto 55% disseram ser regular, ruim ou péssimo. Os professores avaliaram ainda a infraestrutura da escola e a maioria disse ser ótima ou boa, assim como o relacionamento entre professores, equipe pedagógica e direção. No geral, 80% consideram a escola ótima ou boa. Ao mesmo tempo, 41% disseram que mudariam de profissão se tivessem oportunidade.
As ações
Além de apresentar os resultados do levantamento, a equipe responsável pelo projeto elaborou propostas para que os municípios possam conjuntamente realizar ações em busca de uma melhoria. A Unicesumar irá contribuir com essas ações disponibilizando na estrutura da EAD (Educação a Distância) uma plataforma para que os municípios e as escolas possam se conectar, trocar informações, acessar material, tirar dúvidas e assistir a vídeos. De acordo com as coordenadoras pedagógicas do programa, serão também montados vídeos específicos em cima das principais dificuldades apresentadas pelos alunos e tanto eles quanto os professores poderão ter acesso a este conteúdo gratuitamente.
O Programa de Excelência na Educação Básica continuará ainda acompanhando a situação dos municípios aplicando novas avaliações periodicamente. Para o professor Vicente, é um esforço que não pode parar. "É preciso o envolvimento de todos e principalmente das famílias e da sociedade."
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