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“Aqui a fome tem pressa”

Estudantes de Medicina e colaboradores da UniCesumar relatam o dia a dia da missão no Haiti em um diário de bordo

Já completou uma semana do serviço humanitário de alunos de Medicina e colaboradores da UniCesumar no Haiti. Há pouco tempo da hora de retornar ao Brasil, os relatos mostram um pouco da realidade vivenciada pelos estudantes no dia a dia de um país que clama por ajuda. A missão é uma forma de contribuir, atendendo crianças órfãs de projetos sociais e orfanatos não legalizados.

De acordo com os missionários, existem cerca de 800 orfanatos no Haiti, mas apenas 50 deles são atendidos pelo governo. Isso mostra um pouco a realidade das dificuldades enfrentadas pelas crianças que ficaram órfãs desde os terremotos que atingiram as cidades. Esta é a primeira vez que alunos da UniCesumar realizam uma missão humanitária deste porte, com o objetivo de colocarem em prática os conceitos de humanização na saúde e o contato com as urgências das realidades missionárias.

“As crianças passam dificuldades, ficam sem comida, sem cuidadores e sem a estrutura necessária para viver”, relatou Weslley Kendrick de Matos Silva, Diretor de Relações Institucionais da UniCesumar e um dos enviados para o serviço humanitário. “Os missionários que atuam aqui é quem tem buscado recursos e donativos para que as crianças não percam a chance de sobreviver.”

De acordo com o produtor dos relatos do diário de bordo da viagem, Lissânder Dias do Amaral, em muitos dos lugares visitados as crianças comem apenas uma vez por dia. “Quando as encontramos hoje, estavam famintas. Resolvemos então distribuir o lanche logo após a apresentação teatral, enquanto a cozinheira do orfanato ainda estava preparando a refeição diária. Aqui a fome tem pressa!”, ressaltou.

DESENVOLVIMENTO

Em um lugar onde o pouco que se tem é compartilhado, a necessidade de contato com o outro, fruto da carência emocional, é muito grande. Sempre que recebem novos missionários, a cena se repete: as crianças correm para os braços dos visitantes, como se estivessem encontrando seus “salvadores”.

Para os participantes da experiência, essa é prova viva de que o trabalho está indo no caminho certo. O encontro com o outro faz com que os estudantes driblem as próprias fraquezas e busquem ser melhores profissionais. “Pensei que iria alegrar o dia de quem encontrasse por aqui, não imaginava que eles iriam tocar o meu coração de uma maneira inexplicável. É uma mistura de sentimentos que nos faz olhar para dentro, a maior mudança foi interna”, declarou em uma rede social a aluna de Medicina, Larissa Mello e Costa.

“Não houve tempo para almoçarmos ou lancharmos durante o dia. Isso só foi acontecer à noite, quando voltamos. Por outro lado, foi bom ter mais tempo com as crianças, proporcionando mais condições no atendimento médico, nos exames oftalmológicos e nas brincadeiras”, relatou um outro participante da missão humanitária, em uma análise do dia gratificante no cuidado com as crianças.

A comitiva é composta por 22 pessoas. Dentre elas, estão alunos, médicos e colaboradores da equipe da UniCesumar. Eles chegaram em Porto Príncipe, capital do Haiti, no sábado (3) e a previsão de retorno é para o dia 10. Com a ajuda de dois oftalmologistas, os alunos também atendem as crianças e fazem doações de óculos de grau, dentre outras atividades de atendimento e cuidado com a saúde.

DIÁRIO DE BORDO

O diário de bordo da atividade de serviço comunitário do Haiti pode ser acompanhado na página da Diretoria de Relações Internacionais. Também são publicadas as imagens e relatos nas redes sociais oficiais da instituição ou nos perfis dos próprios alunos de Medicina, que participam da viagem. Essas publicações podem ser encontradas com as #UniCesumarNoHaiti e #MissãoUniCesumar.

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