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Cristovam Buarque defende revolução na educação em palestra no Cesumar

Em sua primeira visita ao Paraná como candidato à presidência pelo PDT, o senador Cristovam Buarque esteve ontem à noite no Cesumar fazendo palestra para estudantes e professores, no auditório Dona Etelvina. Ele defendeu uma "revolução na educação" como uma única forma do Brasil mudar seu rumo na história.

De acordo com o senador, que teve ao seu lado o reitor Wilson de Matos Silva e dirigentes locais do PDT, o Brasil já tentou de tudo - ditadura, democratização, império, escravidão, industrialização - e continua esbarrando. "A mudança não vem da economia e sim da educação", disse ele.

Buarque acha que nunca se deu importância à educação no Brasil, apontando isto como um problema cultural e não só de governo. "É tudo hipocrisia. Não somos um povo que põe a educação como valor fundamental", assinalou.

"O segundo problema é político. O Brasil sempre resolveu o problema da elite, da minoria e abandonou tudo que é do povo, saúde, transporte e educação", continuou.

O terceiro, na visão de Buarque, é financeiro. "De tanto gastar dinheiro com a industrialização, hidrelétricas, estradas, nunca sobrou dinheiro para a educação".

O senador criticou também o corporativismo. "Somos muito corporativos. Abandonamos um pouco a educação em proveito de nós próprios", observou.

Para ele, a educação é o instrumento de mudança. "O resto é necessário. Mas não muda". Conforme observou, o Brasil não dá um salto para o futuro porque esbarra na violência, na corrupção, na ineficiência, na falta de competitividade, na concentração de renda. "Não é possível que o povo não se convença de que agora está na hora da educação".

O senador tem como proposta a federalização da educação básica no Brasil. "A Educação Básica tem de ser uma preocupação nacional. O governo jogou isso para os municípios, que além de muito desiguais são pobres e o resultado é a péssima qualidade da educação de hoje. É preciso um padrão nacional para a educação".

Quanto ao aumento de alunos no ensino superior, o senador acredita que a maior necessidade é aumentar o número dos que terminam o ensino médio. "Hoje só um terço vai ao Ensino Médio. Temos de fazer que esse número chegue a 100% e naturalmente haverá uma maior pressão pela universidade, perfeitamente viável de ser atendida", concluiu.

Foto: Douglas Oliveira - Acadêmico do 1º ano de Jornalismo

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