Durante o isolamento social provocado pela Covid-19, muito se discute sobre quais são as atividades de trabalho que devem permanecer em funcionamento. Apesar de algumas restrições, os supermercados, açougues, padarias e serviços de alimentação em geral estão cotados entre os que não podem parar. Mas, nos bastidores das prateleiras de alimentos e até mesmo em aplicativos de comida delivery, está o trabalho do agricultor, que, apesar de fundamental para a sobrevivência humana, sofreu impactos significativos com tais restrições.
As chamadas cadeias produtivas curtas, que englobam a fruticultura, floricultura e horticultura – e estão ligadas diretamente ao consumidor, viram inicialmente seus produtos estragarem com o fechamento das diversas atividades, como feiras, quitandas, eventos, hotéis e até mesmo os centros de distribuições, como os Ceasas. A partir do momento que houve uma flexibilização das atividades econômicas e planejamento por parte dos agricultores, muitos deles encontraram a solução para o processo de comercialização na tecnologia.
Segundo o engenheiro agrônomo e professor do curso de Agronegócio da EAD Unicesumar, Tiago Ribeiro da Costa, a digitalização do negócio foi uma eficiente saída para movimentar as vendas. “A Covid nos trouxe uma antecipação do futuro para o setor do Agronegócio, onde muitos produtores tiveram que se reinventar, negociando sua produção através de grupos de WhatsApp, redes sociais e até mesmo de aplicativos. São mudanças tecnológicas e de paradigmas que vieram pra ficar”, avalia o professor.
Já as cadeias produtivas longas, como a soja e o milho, não tiveram impactos negativos com a paralização do comércio, pelo contrário; como são produtos de exportação, os produtores dessas commodities se surpreenderam com a alta dos preços para venda. “Isso se explica porque a China é um dos principais consumidores dos produtos agropecuários do Brasil e, mesmo sendo o epicentro da doença, o país rapidamente voltou a se desenvolver economicamente, com um crescimento de 3,4% do seu PIB no último trimestre”, explica Costa.
O agronegócio brasileiro fechou 2019 com crescimento de 3,8% representando 21,4% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) nacional, e segundo o professor, o setor é o que vai reduzir a queda da economia no ano de 2020, sendo um motor de recuperação. Mas, para continuar crescendo, o agronegócio brasileiro precisa de profissionais capacitados, com ampla visão em tecnologia e sustentabilidade. “O papel do profissional do agronegócio é estabelecer a transformação tecnológica, com foco em oportunizar o mercado. Embora o Brasil seja um grande produtor, ainda temos muito a se desenvolver no que diz respeito à sustentabilidade dos recursos naturais. Poupar água, solo, enriquecer a biodiversidade, manter rios e córregos protegidos também é papel do produtor e do profissional do agronegócio. Assim, tecnologia e sustentabilidade devem caminhar juntas para um futuro ainda mais promissor”, finaliza o professor.
Para comemorar o dia do agricultor (28/07), a EAD Unicesumar irá transmitir uma live sobre “A Agricultura Pós-Covid-19”. Quem conduz o debate é o professor Silvio Silvestre, coordenador do curso de Agronegócio da instituição, com a participação de professores e especialistas renomados na área. A transmissão acontece às 17h (horário de Brasília), pelo canal do YouTube (https://www.youtube.com/user/CesumarEAD).
Além disso, a instituição oferece gratuitamente o curso livre sobre “Agricultura Familiar e o Agronegócio”, disponível entre os dias 28 e 30/07. Basta se cadastrar no site e utilizar o cupom “Agricultor”. Os cursos de graduação em Agronegócio e pós-graduação em Perícia e Auditoria Ambiental estarão com bolsa de 40% no mesmo período.