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EAD aumenta chances de pessoa com deficiência cursar uma universidade

O intérprete de libras, Vitor Fernandes Souza Gil, em gravação de aula nos estúdios da EAD Unicesumar

O intérprete de libras, Izaque Gil Alves Nogueira, em gravação de aula nos estúdios
da EAD Unicesumar

A Educação a Distância (EAD) tem exercido papel fundamental para a continuidade das aulas de milhões de estudantes durante o isolamento social. Mas não é de hoje que ela vem transformando a forma de aprender, principalmente, quando nos referimos à inclusão de pessoas com deficiência. Segundo dados do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em um período de oito anos, entre 2009 e 2017, o acesso de pessoas com deficiência ao ensino superior deu um salto no país. Em 2017, eram 38.272 ingressantes, cerca de 18 mil a mais que em 2009.

No entanto, este número pode não corresponder à realidade. Segundo a professora Waléria Leonel, coordenadora do UNIR - Unidade de Inclusão e Recursos Acessíveis da EAD Unicesumar, os números devem ser maiores. “Os dados apresentados no censo são de alunos que registram alguma deficiência junto às instituições, mas muitos não se manifestam com receio de sofrerem preconceitos ou até mesmo porque não entendem suas limitações”, diz a especialista.

O crescimento da faixa especial inclusiva nas universidades deve-se muito à tecnologia e ao desenvolvimento da educação a distância. “Por si só, a EAD já é uma modalidade inclusiva que permite ao aluno mais autonomia. Na Unicesumar, por exemplo, oferecemos recursos de forma individual sempre respeitando as particularidades do estudante. Temos recursos como aulas gravadas em libras, legendas em aulas, adaptação de materiais didáticos e ambiente de aprendizagem, descrição de imagens, leitor de tela e suporte pedagógico diferenciado”, afirma Waléria.

Cada vez mais a educação a distância é referência em práticas inovadoras de aprendizagem, com respeito à pluralidade e à valorização humana, oportunizando as pessoas com deficiência, independentemente de suas limitações, sejam elas físicas, sensoriais ou cognitivas, avançar em sua formação.

“Estudantes deficientes podem, com o uso da EAD, participar de todo o processo de aprendizagem. No universo digital, todas as pessoas estão na mesma posição em relação aos colegas e aos tutores, com o mesmo conteúdo e com as adaptações necessárias, utilizando o mesmo tipo de material”, diz a diretora de Graduação da EAD Unicesumar, Kátia Coelho.

O objetivo na Unicesumar, segundo a diretora, é garantir a adaptação necessária para que os alunos com alguma necessidade especial possam ter assegurados os seus aprendizados. “Não diminuímos a cobrança por resultados, apenas disponibilizamos os recursos tecnológicos mais modernos e adaptados de acordo com a necessidade do estudante”, diz.

Como o aluno da EAD tem seu ritmo de aprendizagem respeitado, podendo acessar o conteúdo quantas vezes desejar e em seu próprio tempo, os resultados são extremamente satisfatórios. “Além disso, temos ferramentas que permitem focar nos pontos mais críticos. Desta forma, o aprendizado fica totalmente nivelado: todos têm acesso ao mesmo tipo de conteúdo e esse é um dos princípios básicos da inclusão”, conclui a diretora.

Mais autonomia

Além de aluno EAD, Mazia também é professor de cursos a distância na Unicesumar

Além de aluno EAD, Mazia também é professor de cursos a distância na Unicesumar

Professor, escritor e estudante, Victor Hugo Mazia não considera a deficiência visual um empecilho para a realização de seus sonhos. Quando tinha 23 anos, recém-terminado sua primeira faculdade e prestes a iniciar um mestrado, Mazia sofreu um acidente que o fez perder a visão. Com a ajuda de sua mãe, conseguiu concluir o mestrado e se tornou professor de cursos a distância. Mas ele almejava ir além e dar continuidade na sua qualificação profissional.

Atualmente, Mazia é acadêmico do curso de Teologia na EAD Unicesumar, e conta que estudar a distância lhe permite muito mais autonomia em suas atividades. Um dos pontos que ele destaca é a flexibilidade de poder estudar em sua casa e organizar seus próprios horários. “No meu caso, é muito difícil ter que se deslocar até a instituição. Eu dependeria de outras pessoas para isso. Com a EAD, eu consigo assistir às aulas pela internet e me organizar através de programas e softwares, obtendo um melhor rendimento no aprendizado”, explica Mazia.

 

Quebrando barreiras

As aulas online de Izabela são apresentadas em libras

As aulas online de Izabela são apresentadas em libras

A estudante de Gestão Hospitalar da EAD Unicesumar, Izabela Lo Ruama Alves Nogueira, possui deficiência auditiva e tem a libras como sua primeira língua. Quando criança, conviveu com muitas situações desagradáveis nas escolas que frequentou. “Passei por muitos insultos, pois me consideravam ‘diferente’, por não escutar e não falar. Na época, as pessoas tinham menos informação, hoje, muita coisa evoluiu, novas tecnologias, leis e acessibilidade, nos garantem uma melhor qualidade de vida em sociedade”, afirma Izabela.

Quando decidiu fazer uma faculdade, a insegurança e o receio foram inevitáveis devido as suas experiências escolares, mas, foi surpreendida positivamente com a modalidade a distância. “Não imaginava que um curso EAD seria tão compatível com minhas necessidades, ele supre tudo o que eu preciso. Minhas aulas são apresentadas em libras e tenho todo o suporte dos professores. Isso me faz sentir mais segura e parte integrante da sociedade, atitudes fundamentais para que possa evoluir como um todo. O ensino superior me fez enxergar um futuro melhor e abriu as portas para o mercado de trabalho”, conclui. Atualmente, Izabela trabalha na área administrativa de um hospital, onde tem a oportunidade de colocar em prática todo o seu conhecimento acadêmico e motivação para continuar crescendo e se desenvolvendo profissionalmente.

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