O reconhecimento é uma das formas mais relevantes de conferir que um projeto foi bem-sucedido. Foi assim que Katlyn Meyer, professora dos cursos de Saúde da UniCesumar, se sentiu quando teve a tese de doutorado premiada pelo Curta Ciência, reconhecimento oferecido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). O prêmio, que reconheceu outros 69 trabalhos, foi entregue no 11 de dezembro, durante a comemoração dos 107 anos da universidade, em Curitiba (PR).
Katlyn é médica veterinária, doutora em Fisiologia pela da Universidade Federal do Paraná e está na UniCesumar desde 2018, lecionando disciplinas para os alunos dos cursos da área da Saúde. Na tese, ela tratou sobre a alteração testicular causada pelo antiviral ganciclovir (GCV). O medicamento, utilizado para o tratamento de citomegalovirose, provoca alteração no número de células germinativas, que formam os espermatozoides responsáveis pela reprodução.
Segundo Katlyn, os casos mais graves da citomegalovirose ocorrem em bebês recém-nascidos, contaminados por meio do sangue da mãe. “Para evitar a infecção do feto, o tratamento de mulheres gestantes com o GCV é previsto, embora se tenha conhecimento do possível risco para o desenvolvimento de malformação fetal. O meu estudo reforça a atenção que deve ser tomada quando há necessidade de tratamento de gestantes com o GCV”, explicou.
Para a professora, a premiação é uma forma de reconhecer o trabalho dos pesquisadores, que enfrenta dificuldades nas instituições de todo o país. “O pesquisador brasileiro vive sob pressão. A maior parte da pesquisa científica no Brasil é realizada nas instituições públicas de ensino superior com recurso financeiro e estrutural escassos. Sabendo que a qualidade está atrelada com o investimento, percebe-se que há um desequilíbrio nessa balança.”
Por isso, ela reforça: concluir o estudo, publicar o artigo e ainda ser premiada são grandes vitórias. “No final, o esforço foi prestigiado com essa premiação.”
