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Professores assistem a palestra sobre Educação

O Centro Universitário de Maringá (Cesumar) reuniu neste sábado (05), no auditório Dona Etelvina, parte dos seus 522 professores para assistirem a uma palestra sobre aspectos da Educação. Primeiramente falou o reitor Wilson de Matos Silva e, em seguida, a nova coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP), Silvina Rosa.

Wilson Matos discorreu sobre duas propostas suas para financiamento da Educação Superior. Uma delas seria a permissão para que as pessoas pudessem usar parte dos recursos de seus fundos de garantia (FGTS) para pagar a faculdade, seja do próprio aluno ou dos pais. A outra proposta seria de que o Governo Federal utilizasse como fonte de financiamento parte dos recursos provenientes do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), dos quais hoje, mais de 500 milhões de reais estariam "parados" no BNDES. Como lembra o reitor, aplicar esse dinheiro na educação superior não seria um desvio em relação à finalidade do programa, que é qualificar mão-de-obra para o mercado.

Além destas, o reitor tem outras propostas para a melhoria da educação em geral. São idéias que ele defende há tempo, como  aumento do calendário escolar, ensino em tempo integral ou diminuição no número de faltas escolares e que pretende defender no Senado, caso eleito na vaga de primeira suplência do senador Álvaro Dias, cargo que disputa nestas eleições.

As idéias de Wilson Matos são formadas a partir de sua convicção de que só deram certo e se desenvolveram, os países que acreditaram na educação como meio de transformação social. Ele vem constatando esta realidade ao longo dos anos, por meio de visitas constantes a universidades de todo o mundo.

O início de cada semestre é sempre uma ocasião para que o reitor reúna os professores e discorra sobre a política de ensino da instituição, apresente idéias e lance desafios. Este foi mais um encontro com esta finalidade.

Questionamento
A professora Silvina Rosa, coordenadora do NAP, falou logo após o reitor. Ela abordou o tema "Educação: uma solução, um problema". De acordo com a professora, cada revolução, cada inovação, independentemente da área em que aconteça, corresponde a uma necessidade criada pelos próprios homens em seu processo de vida. Assim, no campo educacional, as mudanças correspondem sempre a uma necessidade humana, evidentemente contraditória, porque a sociedade é composta por classes, setores, camadas sociais, cujos interesses são distintos e muitas vezes conflitivos. Essa necessidade é criada no próprio processo de construção da vida.

Ela desenvolveu a idéia de que a educação popular, característica da sociedade contemporânea, apresentou-se como solução, mas também como problema. O ensino coletivo apareceria como uma forma de levar a instrução para amplas camadas da população, mas, em decorrência do fato de que a apreensão do conhecimento é individual, essa solução trouxe consigo fatos educacionais que lhe são próprios: repetência, evasão, indisciplina, dificuldades de aprendizagem. Ou seja, criou também problemas, cuja solução foi buscada na formulação de teorias, métodos e técnicas e nas reformas do sistema educacional que se sucederam deste então.

Concluiu, abordando um dos maiores problemas da escola contemporânea: o fato de que a situação coletiva de ensino aprendizagem, as condições em que se deu o processo de expansão escolar no Brasil não favorecem a aprendizagem individual. Esse é o desafio para os professores de hoje.

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