Aconselhamento profissional é opção para combater o desemprego

Orientação é escolher a área pelo que gosta, sem deixar que o salário seja determinante.

Conseguir um bom emprego, com estabilidade e bom salário tem sido cada vez mais difícil para boa parte dos trabalhadores. O estudante João Victor do Val Ruiz, 17, cursa atualmente o 2º grau do Ensino Médio e trabalha como Menor Aprendiz na Secretaria Geral da Unicesumar há um ano e quatro meses. Ele revela que o interesse por um emprego começou após conversar com uma psicóloga, que aplicou técnicas psicológicas voltadas para a escolha profissional. “Quando conversei com ela, não tinha muita noção do que gostaria de fazer no meu futuro e foi muito esclarecedor. A partir dali tive vários direcionamentos e agora já sei que quando terminar o colegial vou estudar Gastronomia porque o curso tem disciplinas interessantes e sempre gostei de assistir programas de culinárias”.
O trabalho desde cedo auxiliou Ruiz não só a se inserir no mercado de trabalho, mas também no amadurecimento pessoal. “Agora acabo ficando mais concentrado e focado no trabalho, antes era muito distraído. O fato de trabalhar com pessoas mais velhas também me ajuda porque ensinam muito sobre o trabalho e a vida, tanto que com o salário que recebo estou juntando em uma poupança para tirar a habilitação assim que completar 18 anos”.
Independente da área, buscar uma ajuda profissional é sempre a melhor saída quando se escolhe uma profissão, como explica a psicóloga Débora Souza, que realiza um trabalho de Aconselhamento Profissional na Unicesumar, que neste ano, já atendeu aproximadamente 50 mil alunos em Maringá e região, Curitiba e Ponta Grossa. “Quando se pensa em uma profissão, muitas vezes o primeiro questionamento, principalmente dos pais, é sobre o salário que o profissional vai receber e é esse o critério errôneo que algumas pessoas fazem. O ideal é escolher o ramo que gosta porque se ele tem afinidade com o trabalho, vai buscar se aperfeiçoar mais e consequentemente pode ter uma remuneração maior”.
Apesar de iniciar jovem no trabalho ser bom para a carreira e amadurecimento profissional, isso não é significado de sucesso. O diretor de Recursos Humanos da Unicesumar, Alexandre Esper, explica que o profissional precisa cumprir algumas ‘regras’ para se destacar. “É fundamental ter disponibilidade e disposição para aprender sempre mais e se manter atualizado é um pré-requisito. Uma característica muito importante que o mercado procura é a assertividade, que é a capacidade do profissional ter o impulso de resolver um problema que aparece no trabalho, ele não pode se acomodar”.
Para quem procura uma vaga de emprego, segue um alerta para não cometer erros na entrevista. “É muito comum o candidato ‘inventar’ um personagem e agir como se pudesse antecipar o que a empresa está exigindo. Alguns vêm com o roteiro de respostas pronto, alegando ter características ou conhecimentos que não tem, mas acabam se entregando durante a entrevista. O ideal é ser ele mesmo e mostrar que o perfil é o ideal para aquela vaga”.

No Brasil
A crise econômica que atingiu o país fez aumentar o desemprego, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dados divulgados em 27 de outubro, chegou a 11,3%, no terceiro trimestre deste ano.
Em comparação com o mesmo período de 2015, houve um aumento de 2,4%, quando os números atingiram 8,9%. O número de pessoas desempregadas atingiu 12 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Mercado de trabalho em Maringá
Em Maringá, o cenário não é muito diferente. No primeiro trimestre de 2015, o número de opções na Agência do Trabalhador variava de 300 a 400 vagas, atualmente é raro ter mais de 100. “A partir de abril do ano passado as vagas começaram a despencar. Esta semana começamos com 183 oportunidades, sendo 83 eram para pessoas portadoras de deficiências, mas já sabemos que na próxima semana o número deve ser menor porque várias já foram preenchidas. Além disso, ainda não há uma sinalização do comércio se vão fazer contratações temporárias, então não temos perspectivas de aumento”, explica o gerente da Agência do Trabalhador de Maringá, Maurilio Mangolin.

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