A estudante de biomedicina Lorena Frasson
começou este ano os estudos na Monash University , em Melbourne,
Austrália, pelo programa Ciência sem Fronteiras, e vem se destacando no
desempenho. É assistente do chefe de laboratório em uma pesquisa sobre o
Mal de Alzheimer, na qual buscam encontrar sinais da doença em um
estágio primitivo.
Para Lorena, o projeto é uma oportunidade
excelente de conseguir um resultado concreto para finalizar seu artigo
ao voltar para casa. "Estou no laboratório desde o mês de abril e tive
experiências extremamente construtivas, não somente na área da
biomedicina, mas também de business e administração. Passei por
processos necessários antes de chegar ao trabalho do laboratório em si",
diz.
A estudante explica que na pesquisa que está ajudando a
desenvolver, é utilizada uma plataforma com várias linhagens de ratos
puros e cruzados entre si, para representar a variedade genética. "São
mais ou menos como uma família e a árvore genealógica, na qual várias
gerações partilham informações genéticas, mas que possuem variações
entre si", complementa.
A plataforma tenta se equiparar com a
diversidade genética dos seres humanos. São analisadas propriedades de
partes importantes nos cérebros desses ratos e que são relacionadas ao
Alzheimer. Ao final do projeto, poderá ser descobertas quais as
diferenças, aumentos ou diminuições de substâncias específicas
relacionadas ao que já se conhece da doença. "Será de grande valia para o
diagnóstico do Alzheimer antes mesmo que se manifeste no corpo",
garante a estudante.
Ciência sem Fronteiras
O
programa permite que os estudantes das áreas de saúde, tecnologia,
ciências da terra, ciências biológicas, ciências exatas, engenharias e
indústria criativa (incluindo moda e design) estudem por um ano no
exterior com bolsa do Governo Federal. A Unicesumar está entre as
instituições particulares do país que mais enviam jovens ao exterior
pelo Programa. No Paraná, fica em terceiro lugar. Isso devido a um forte
incentivo que é dado aos estudantes para buscarem uma formação
diferenciada, na qual conta muito uma experiência no exterior.
Segundo
Lorena, o programa está sendo uma grande oportunidade. "É difícil
encontrar por aqui intercambistas de outros países realizando algo
parecido. Só de estar em outro país, aprimorando o domínio de uma
segunda língua, já seria um grande ponto a favor em meu currículo. Mas,
além disso, tenho contato com coisas novas todos os dias, culturas
diferentes, pessoas de todas as partes do mundo, uma grande bagagem de
conhecimento", afirma.