Acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo colocaram em prática seus conhecimentos em mais uma edição da Charrette. A competição aconteceu na última semana, no campus de Maringá e foi parte da Semana Acadêmica de Arquitetura & Urbanismo, evento que acontece anualmente na Instituição.
A origem do termo “Charrette” surge no século XIX, na Escola de Belas Artes de Paris. Os alunos estudavam, debatiam e realizavam um projeto que deveria ser entregue dentro de um curto espaço de tempo, conforme a problemática determinada pelos professores. Ao final do prazo, os professores coletavam os projetos finais em um pequeno carrinho, conhecido como charrette, enquanto os estudantes tentavam concluir a atividade antes que o tempo se esgotasse.
Com modelo semelhante ao aplicado na Escola de Belas Artes, os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo foram desafiados a projetar um espaço de integração e aprendizagem em um terreno dentro do campus da UniCesumar. As nove equipes participantes, integradas de alunos de, pelo menos, três períodos diferentes, analisaram o terreno e começaram a produzir seus esboços. A atividade teve início às 10h30 da manhã, e como tinham somente até a manhã do dia seguinte para finalizar o que foi proposto, passaram a madrugada nos ateliês de arquitetura do campus, produzindo maquetes e modelos gráficos.
A equipe vencedora foi a “Lelé da Cuca”, composta por cinco alunos de 2°, 6° e 8° semestres. Os alunos propuseram um espaço que se confundia com a paisagem, a partir de um único bloco edificado em formato curvo e coberto por uma área verde. O diferencial está na maneira com que foi projetado, pois permite que as pessoas percebam a edificação de formas diferentes dependendo do nível de aproximação. Por conta disso, o projeto recebeu o nome de “Bloco Jardim”.
Durante os outros dias da Jornada de Arquitetura e Urbanismo, os alunos assistiram palestras com especialistas sobre processos de projetos arquitetônicos, o que contribuiu para que colocassem os conteúdos aprendidos em prática durante a elaboração dos projetos da competição.
Para a professora responsável pelo concurso, Patrícia Bruder, a atividade proporcionou importantes aprendizados para os participantes, estimulando o trabalho em equipe, a resolução de problemas e a aplicação de conhecimentos multidisciplinares que serão muito úteis na futura profissão dos acadêmicos. “É uma experiência intensa, mas de muito aprendizado para os alunos. Foi um momento de grande integração no curso”, afirma Patrícia.
O aluno Bruno Gonçalo, que participou da Charrette, conta que a experiência foi muito enriquecedora e o ajudou muito a aprender a trabalhar sob pressão. “Foi uma das experiências mais interessantes que eu já tive. É muito engraçado ver que, enquanto você demora dois, três meses para fazer um projeto, um se desenvolveu e realizou-se em menos de 24 horas”.