O curso de Pedagogia do Cesumar está realizando há um ano e meio o projeto de Pedagogia Hospitalar no Hospital Municipal de Maringá. São vinte acadêmicos que se revezam para atender quatro vezes por semana aproximadamente oito crianças de até 12 anos. O objetivo é dar continuidade nas atividades educativas enquanto a criança não pode frequentar a escola.
Os acadêmicos também desenvolvem trabalhos com os acompanhantes dos pacientes. Segundo a professora que coordena o projeto, Luciana Lacanallo, no hospital existe a Brinquedoteca, espaço reservado onde os alunos conseguem ter contato com as crianças e fazê-las interagirem com brinquedos, livros e outros objetos que possam ajudar na formação educacional.
A professora destaca que as atividades lúdicas, educativas e recreativas que os acadêmicos utilizam podem influenciar na recuperação da criança. "Fazemos projetos temáticos para as datas comemorativas. Utilizamos jogos desde o faz de conta até os que necessitam de regras com conteúdo explícito e trabalhamos com a música e a dramatização dependendo do caso", afirma.
"Às vezes a criança não quer se alimentar. Depois quando nos vê, ela melhora, se alimenta e fica evidente o beneficio que as atividades fazem a elas", conta Fernando Gustavo Ambrósio Bilieri, acadêmico do segundo ano de pedagogia que participa do projeto desde o início. Para ele, essa experiência é "inigualável e gratificante".
Para fazer parte do projeto de Pedagogia Hospitalar, os acadêmicos passam por uma seleção que verifica o desempenho no curso e a disponibilidade de atuar no hospital. Além disso, os alunos fazem treinamentos que os capacitam para atuar na área. "Os alunos têm responsabilidade com as crianças e se empenham. Esta é uma forma de prestação de serviço à comunidade", diz Luciana.
Este trabalho iniciou-se como projeto de iniciação científica e sua grande repercussão o fez tornar um projeto de extensão. Atualmente, os alunos estão no hospital as segundas e quartas, das 13h30 às 15h30 e terças e quintas, das 8h30 às 10h30. A coordenadora do curso de pedagogia, Rachel Maya Brotherhood, diz que este projeto serve também para integrar os alunos do curso.