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Curso sobre pós-colheita de perecíveis

O curso internacional sobre Pós-Colheita em Perecíveis, oferecido pelos cursos de graduação e pós-graduação em Gestão de Agronegócio, nos dias 21 e 22 de junho, foi considerado um sucesso pelos organizadores quanto ao número de participantes e os ensinamentos ministrados.
Mais de 180 pessoas, entre estudantes e profissionais ligadas aos setores de supermercados, atacado, embalagens, processamento, importação e exportação de frutas e hortaliças, participaram do curso, ministrado pelos professores doutores Steven Sargent, da Universidade da Flórida (EUA) e Celso Luiz Moretti, da Embrapa.

Os professores fizeram exposição teórica e prática sobre as atuais tecnologias disponíveis em colheita e manuseio de frutas e hortaliças, ensinando técnicas para ajudar a reduzir as perdas. O Brasil é campeão de prejuízos neste setor. As estimativas apontam para perdas de 30% a 60% dos produtos perecíveis, desde a colheita até a comercialização.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a perda é bem menor, variando de 9% a 25%. Segundo o professor Steve Sargent, o principal ponto é o resfriamento através de um sistema integrado, que começa na embalagem do produto até a chegada ao supermercado, permitindo a conservação dos mesmos por um tempo bem maior.

Perdas

De acordo com o professor Celso Moretti, da Embrapa, em 2002, o Brasil chegou a perder 14 bilhões de toneladas de frutas e hortaliças, acumulando um prejuízo de aproximadamente R$ 10 bilhões.

As perdas de frutas e hortaliças ocorrem em várias etapas do processo produtivo. Podem começar no campo, quando o produto é colhido no ponto inadequado, por exemplo, até nas embalagens, transporte e gôndolas de supermercados.

A forma de manuseio dos produtos responde também por grande parte do problema. Inclusive o curso tratou da higiene dos locais e roupas de funcionários, observando a importância da limpeza para evitar a contaminação e o apodrecimento rápido das frutas e hortaliças.

Orientação e opiniões

A Embrapa desenvolve várias pesquisas tentando minimizar as perdas na pós-colheita. Para Moretti, a orientação e a conscientização das pessoas é importante. Neste sentido, ele considerou o curso um excelente ponto de partida. "É uma iniciativa positiva, porque estes estudantes de Agronegócio, Nutrição e outras áreas afins vão sair daqui mais conscientes e podendo dar a sua contribuição para resolver esse problema", observou.

Pessoas como Adriano José dos Santos, estudante de Agronegócio e comprador de hotifrutigranjeiros do Supermercados São Francisco e Romão Del Cura López, diretor de logística da mesma empresa, aprovaram o curso. Segundo eles, as informações só vieram a somar com aquilo que já conheciam. Já Shiguero Shinai, do Shinai Varejo de Frutas e Hortaliças, considerou o curso bom e "cheio de novidades" que pretende aplicar.

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