Numa iniciativa
do reitor Wilson de Matos Silva e esposa, Rose Kendrick Matos, a Unicesumar foi
palco no último final de semana do I Encontro da Saudade dos amigos
que pertenciam ao grupo de jovens da Igreja Presbiteriana Independente de
Maringá nos anos de 1960.
Durante dois dias, cerca de 130 participantes – a grande
maioria de Maringá e região e outros das cidades de Palmas (TO), Belo
Horizonte, São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos, Campo Grande, Curitiba, Ponta
Grossa, Piçarras, Camboriú e Londrina – se confraternizaram e relembraram os
velhos tempos, em que tiveram uma participação bastante ativa na organização da
igreja local.
Segundo a historiadora e diretora do Museu Unicesumar,
Loide Caetano, que também fazia parte do grupo de fundadores da IPI, os jovens desempenharam
um papel importante para a consolidação da sigla religiosa no município, à
época com aproximados 20 anos de fundação e uma população em torno de 47 mil
habitantes.
"Quando falamos dos jovens da Igreja Presbiteriana
Independente de Maringá nos anos de 1960, o que vem à mente, é o seu dinamismo,
a sua atuação intensa nas atividades da igreja e também fora dela, considerando
que muitos destes jovens eram atuantes na diretoria da UMES, União Maringaense
dos Estudantes Secundários. Nas atividades da igreja estavam inseridos na
participação do conjunto coral, em grupos teatrais, em atividades esportivas,
em intercâmbios com jovens de outras denominações locais e também de outras
cidades. O lazer também fazia parte da rotina e a realização de pic-nic em
locais apropriados, era o momento esperado por todos", recorda a historiadora.
Conforme Loide, havia também a preocupação com o trabalho de
evangelização e em função disto, dominicalmente os grupos se revezavam para a
visitação na cadeia pública. "Ali, os jovens entoavam cânticos, liam a Bíblia e
faziam orações pelos presidiários. Outro trabalho que marcou esta geração, diz
respeito a um projeto que era desenvolvido na Vila Morangueira, quando aos
domingos, na casa do senhor Paulo Doriguetti, inúmeras crianças da vila se
reuniam para cantar e ouvir histórias da bíblia sob a liderança destes jovens",
conta.
A IPI, que tinha duas igrejas instaladas à época, nas avenidas
Tiradentes e Santos Dumont (chamadas de 1ª e 2ª igreja) e as congregações do
Jardim Alvorada e do Mandacaru, era uma referência religiosa e social. "As
famílias formavam laços de amizade entre si. As atividades eram voltadas para o
congraçamento, a união, e com isto, a amizade se fortaleceu. Por isso, o Encontro
da Saudade aqui em Maringá, tendo à frente o reitor Wilson Matos, sempre muito
ativo nos movimentos da igreja, foi importante e reuniu pessoas de tantas cidades e de tão longe",
avaliou Loide Caetano.