Reitor Wilson Matos relata experiência de visita a universidades alemãs


Em reunião ontem com o Conselho Superior e gestores da instituição, o reitor Wilson de Matos Silva fez um relato da experiência que viveu na Alemanha, durante missão técnica em que participou junto com reitores de várias universidades brasileiras. Organizado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semespe), o grupo visitou universidades e escolas técnicas do país no período de 4 a 10 de maio.

Os reitores brasileiros estiveram na Universidade Técnica e na Escola Profissionalizante Städtische Berufschule für Kfz-Technik München, em Munique e nas universidades Steinbeis e Humboldt, em Berlim. Além disso, visitaram a fabricante de automóveis BMW, onde puderam inteirar-se sobre a parceria desta com as universidades.

O reitor Wilson Matos aproveitou a oportunidade para tratar de temas como parcerias internacionais, transferência de tecnologia e gestão e planejamento da universidade com os dirigentes das universidades visitadas. Ele disse ter ficado surpreso com o cenário da educação do país, muito mais focado na qualificação técnica do que no ensino superior e destacou os pontos principais observados.

Conforme o reitor, a Alemanha investe numa qualificação técnica bastante aprofundada mesmo para as funções mais simples, como zeladoria, por exemplo, em que a pessoa para se colocar no mercado de trabalho necessita de no mínimo dois anos de estudo. "Lá tudo e automatizado e se a pessoa não está preparada para operar máquinas não tem como arrumar emprego", disse ele.

No campo da educação superior, o sistema também se diferencia bastante do brasileiro, segundo observou Wilson Matos. "Diferentemente do nosso país, a Alemanha investe em um ensino muito mais prático e as universidades mantém uma relação direta com as empresas visando sempre à busca de soluções para os seus problemas", explicou.

Outro fator que chamou a atenção, foi a elaboração dos currículos feito por um modelo tripartite em que participam a universidade, a indústria e o comércio. "Também a cada dez anos há uma modernização dos currículos, atualizando-se os conteúdos", contou o reitor.

"A experiência foi enriquecedora no sentido de observar que há outros paradigmas para a educação superior e comparar isso ao que fazemos no Brasil. Há possibilidades diferentes e o importante é abrirmos a nossa visão para tentar trazer sempre o melhor para a nossa instituição. Queremos aproximar principalmente os nossos programas de mestrado das  universidades visitadas e assim ampliar o horizonte das pesquisas aqui desenvolvidas", conclui o reitor.

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