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Veterinários também são prioridade na fila da vacina

Professor defende a importância da imunidade da categoria que faz parte do Núcleo Ampliado de Saúde da Família.

 

 

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNI) do Ministério da Saúde, inseriu os médicos-veterinários entre os grupos prioritários, entre outras recomendações, para a imunização contra a Covid-19.

A inclusão desses profissionais causou estranheza em parte da população. Não tardou a surgir mensagens nas redes sociais questionando a imunização da categoria, além de artigos na imprensa criticando a prioridade. Acreditam que a categoria não seria “tão essencial” e não deveria “furar a fila da vacina”.

Para o professor José Maurício Gonçalves, do curso de veterinária da UniCesumar, tais mensagens mostram a falta de informação sobre as reais atividades envolvendo a medicina veterinária. “Poucos sabem, mas categoria faz parte do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB)”, esclarece.

“Os médicos veterinários cuidam da vigilância sanitária, controle de zoonoses e segurança alimentar em indústrias de alimentos de origem animal, além de outras atividades focadas diretamente com a saúde humana”, acrescenta o professor.

A Medicina Veterinária é reconhecida como profissão da área de Saúde pelo Ministério da Saúde desde 1998. Em 2011, foi publicada a Portaria 2.488 que aprova a Política Nacional de Atenção Básica para o SUS, incluindo a Medicina Veterinária no NASF.

Parte das críticas nas redes sociais se baseia na ideia de que o médico veterinário cuidaria apenas de animais domésticos. Mesmo assim, isso bastaria pra incluir a categoria no grupo prioritário, uma vez que há fatores de risco à saúde, relativos à interação entre os humanos, animais e o meio ambiente.

A Organização Mundial de Saúde, assim como o próprio Conselho Federal de Medicina Veterinária, defende o conceito de saúde única, pois consideram a “indissociabilidade entre a saúde humana, animal e ambiental”.

Muitos médicos-veterinários têm trabalhado com ações diretas de combate à Covid-19, além de executar atividades de prevenção e controle de doenças transmissíveis entre homens e animais, trabalhar na vigilância sanitária e até na investigação de surtos e epidemias, em especial de novas doenças, além do combate à resistência a antibióticos. “A saúde é um bem comum”, sintetiza o professor da UniCesumar.

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