Nos dias 29 e 30 de julho, foram realizados o X Ciclo de Estudos da Linguagem (CIEL) e o III Congresso Internacional de estudos da Linguagem, em Ponta Grossa (PR). Os eventos tiveram a presença do professor Dr. Diego Luiz Miiller Fascina, vinculado à disciplina Formação Sociocultural e Ética, do Núcleo de Educação a Distância da UniCesumar e pesquisador líder do grupo de pesquisa Estudos Literários.
O Congresso Internacional de Estudos da Linguagem ocorreu na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com a finalidade de estabelecer diálogos, reflexões sobre os estudos da Linguagem, da Identidade e da Subjetividade numa perspectiva epistemológica descolonial. O evento reuniu estudiosos da linguagem, pesquisadores das demais disciplinas das Ciências Humanas, bem como de Artes, Comunicação, Música e afins.
De acordo com Diego, o evento abarcou as principais correntes na atualidade dentro dos estudos linguísticos e literários, bem como a correlação entre esses eixos do conhecimento e outras áreas das Ciências Humanas. Com isso, foi possível que os participantes se aprofundassem em diversas vertentes do saber, mas principalmente nas discussões que envolvem temas como a Linguagem, Identidade e Subjetividade.
Os dois trabalhos apresentados por Diego tiveram como referencial teórico o materialismo lacaniano do filósofo esloveno Slavoj Žižek, que mescla em seus estudos a psicanálise lacaniana e o idealismo alemão para intervir, constantemente, na cultura, na política, na subjetividade pós-moderna, nas artes em geral, etc. Essa linha de pesquisa vem sendo estudada por Diego Fascina há quase uma década.
O primeiro trabalho tratou de parte da produção poética de Adélia Prado e analisou a presença de algumas repetições que, segundo o pesquisador, funcionam como sinthoma que, dentre outras particularidades, cria o aroma específico de uma jouissance possível de ser administrada e apreciada sem sua Real camada.
O segundo trabalho abordou algumas das letras de música do cantor e compositor Cazuza e foi analisada a lei do desejo que guia o eu lírico presente nessas letras. Com uma fidelidade desmedida a lei do desejo, esse eu lírico não titubeia em se enveredar pela busca desenfreada de satisfação, mesmo que isso lhe cause prazer e dor, impossibilidade de realizações, fracassos e traumas.
