Alfabetização nos anos iniciais é tema da Jornada de Pedagogia


Começaram ontem (6), as atividades da Jornada de Pedagogia da Unicesumar, que neste ano discute a "Alfabetização nos anos iniciais".  Por meio de palestras, oficinas e mesas redondas, a coordenação do curso de Pedagogia espera proporcionar o desenvolvimento do pensamento crítico de alunos, professores e profissionais e favorecer a transformação da realidade da educação pública do País.

Rachel de Maya Brotherhood, coordenadora da graduação em Pedagogia da Unicesumar, abriu a Jornada ao apresentar em seu discurso dados sobre a educação brasileira.  No Paraná, 4% das crianças com oito anos não estão alfabetizadas, enquanto no nordeste este número salta para 35%. "Isso significa que a educação no País não está muito bem. Eventos como este são necessários para que estudos sejam feitos sobre a realidade educacional e para que novas possibilidades surjam para transformar este cenário", disse.

A doutora em educação e docente da Universidade Federal do Paraná, Carmen Sá Brito Sigwalt, abriu a programação de palestras da jornada e falou aos presentes sobre a aquisição da linguagem formal e o compromisso social do professor.  Segundo Carmen, algumas perspectivas na área da educação, como a construtivista, defendem que o aluno deve buscar o conhecimento. "Eu sou contrária a essa premissa, entendo que o professor é o dominador do conteúdo, que deve saber ensinar e ter compromisso com o ensino. Vejo que o compromisso social do professor é garantir o aprendizado do aluno", afirmou.

Carmen diz entender que em algumas etapas da escolaridade a perspectiva construtivista tem razão de existir, como durante a graduação e a pós-graduação. "Só que equivocadamente está se passando essa postura para os anos iniciais, período este em que é imprescindível a interação e direção do docente. Quando o professor ensina, ele não está impedindo novas apropriações ou construções. O aluno sempre interage com objeto do conhecimento e aprende", explicou.

Nesta quinta-feira (7), a Jornada de Pedagogia terá oficinas durante o dia e às 20h30 acontece a palestra "A baixa qualidade da educação básica no Brasil: Os desafios dos cursos de pedagogia", que será proferida por Ruth Izumi Setoguti, psicóloga e doutora em educação. No último dia de atividades, na sexta-feira (8), continuam as oficinas. Para encerrar as discussões, às 20h, haverá a Mesa Redonda "Analfabetismo funcional e as exigências sociais: Perspectiva técnica e política", com a presença dos professores Lízia Helena Nagel e Gilson Aguiar e da secretaria de educação de Maringá, Solange Lopes.
 
Outras informações estão disponíveis na página da Jornada de Pedagogia.

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