O Cesumar apresentará no próximo dia 7 (sexta-feira) o resultado de uma pesquisa sobre amamentação realizada em parceria com o Comitê de Aleitamento Materno do Município. O lançamento dos dados vai ser pela manhá, no auditório do bloco 6, durante encontro em que estará presente Sônia Venâncio, coordenadora nacional do projeto Amamunic (Amamentação nos Municípios), ligado ao Ministério da Saúde, e também o secretário de saúde do município, Antônio Carlos Nardi.
As entrevistas para coleta de informações foram feitas em setembro do ano passado, durante a segunda etapa da campanha de vacinação contra poliomelite, tendo como resultado uma mostra de 1.022 crianças. Durante a campanha de vacinação, as mães foram entrevistadas para identificar a prática de aleitamento materno, hábito alimentar, características referentes ao nascimento da criança e condições maternas em crianças até um ano de idade, na cidade de Maringá.
A intenção era saber qual a situação (prevalência) do aleitamento materno no município. Duzentos estudantes de Nutrição, Enfermagem e Fonoaudiologia trabalharam no levantamento dos dados. De acordo com a coordenadora da pesquisa, a professora de nutrição e doutora em saúde pública, Giana Zarbato Longo, as entrevistas foram feitas em todos os postos de saúde e o diagnóstico apresenta uma realidade igual para diferentes classes sociais.
A prevalência do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade no município chega a 44%, sendo similar à região Sul do País quando comparado com outras capitais brasileiras. "Esse dado confirma que tivemos uma boa qualidade na nossa pesquisa e os dados são confiáveis", observou Giana. Segundo a nutricionista, alguns fatores que influenciam para a interrupção do aleitamento materno exclusivo é o uso da mamadeira, chuca e da chupeta.
Existente no Brasil há 13 anos, o Amamunic é um programa que visa, além do diagnóstico nos municípios, auxiliar as políticas locais para melhorar o nível de amamentação materna. De acordo com Giana, os dados de Maringá passarão a fazer parte do Banco de Dados do Ministério da Saúde e uma vez que a cidade já conhece a sua realidade, poderá integrar-se ao programa. A coordenadora nacional do Amamunic apresentará em Maringá a trajetória e os resultados desse trabalho em várias cidades brasileiras.