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Cesumar pesquisa planta para produção de biodiesel


Objetivo é ver adptação do pinhão manso na região e testar quantidade de óleo produzido pela oleaginosa


Planta pouco conhecida, o pinhão manso (nativo das américas) está sendo pesquisado pelo Cesumar (Centro Universitário de Maringá) como alternativa para produção de biodiesel e nova opção de cultivo no campo. A planta é parecida com a mamona, mas entre as oleaginosas tem a vantagem de um ciclo produtivo que se estende por volta de 80 anos. A mamona, que produz um óleo com uso em mais de 400 produtos da indústria química, precisa ser replantada a cada um ou dois anos dependendo da quantidade de chuvas, segundo fontes da Embrapa.


A experiência para testar a resistência do pinhão manso e as condições de cultivo na região, desenvolvidas pelo curso de Agronomia do Cesumar, começou na metade do ano passado e neste mês estão sendo concluídos os primeiros estudos. O coordenador da pesquisa, professor Pérsio Sandir, explicou que o objetivo é testar a adaptação da planta ao solo da região e a necessidade de aplicação de adubo. A pesquisa foi iniciada em duas áreas, com o plantio de 60 mudas no viveiro do Cesumar e 500 mudas na fazenda experimental da instituição, o primeiro colocado sob condições de adubação e o segundo cultivado de maneira rústica.


Resultados


Segundo Sandir, o pinhão manso não é uma planta tão rústica quanto se pensava e vai precisar de cuidados como outra cultura qualquer. “Constatamos que a planta reage bem à adubação hidrogenada e sofre ataque intenso de pragas como ácaro e doenças como oídio”, explica ele, ao dizer que a pesquisa derruba o mito de que o espécime é altamente resistente.


Com poucos estudos a respeito, os primeiros plantios do pinhão-manso aparecem no Nordeste do país, onde alguns municípios investem nesse cultivo como nova opção de renda. Mas pesquisadores como Marcos Drumond, da Embrapa, lembram que as pesquisas com a planta na região ainda são bem recentes e diz que é preciso ser prudente e buscar as informações técnicas já disponíveis para que não se venha montar sistemas de produção insustentáveis.


Biodiesel


O óleo produzido a partir da semente de pinhão manso é semelhante ao do diesel extraído do petróleo e as propriedades encontradas no biocombustível atendem às especificações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para o petrodiesel. Várias oleaginosas no Brasil apresentam potencial para produção de biodiesel - amendoim, babaçu, colza, girassol e soja, entre outras -, mas o professor Pérsio Sandir, do Cesumar, acredita que o pinhão manso poderá ser mais uma boa opção.


As pesquisas do Cesumar vão prosseguir para ver o desenvolvimento e a produtividade da planta a longo dos anos. A partir de setembro será possível a colheita das primeiras sementes e os pesquisadores da instituição vão pode analisar o rendimento na extração do óleo após o primeiro ano de cultivo. A produção comercial, no entanto, só deve ocorrer a partir do terceiro ano.


“Por ser uma cultura nova, não existem recomendações agronômicas específicas a respeito e nós pretendemos divulgar estes resultados”, afirmou o professor Pérsio Sandir, que já vê o pinhão manso como alternativa de plantio para as pequenas propriedades.

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