Em solenidade marcada para esta quinta-feira (15), às 19h30, no plenário da Câmara Municipal, o professor Cláudio Ferdinandi, diretor-presidente da mantenedora do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e pró-reitor acadêmico, recebe o título de cidadão benemérito de Maringá. Trata-se de uma homenagem dos poderes legislativo e executivo, concedida por proposição dos vereadores Dorival Dias e João Alves Correia em reconhecimento aos relevantes serviços prestados na área de educação ao longo de 50 anos de carreira.
Cláudio Ferdinandi iniciou sua carreira no magistério ainda no ano de 1957, lecionando para as quatro séries iniciais do ensino fundamental em uma escola da zona rural de Arapongas, onde a família instalou-se no início da década de 1950. Ali ele fez o curso de técnico em contabilidade e a escola normal, que lhe abriu as portas para a docência.
Mas, em 1962, sentindo necessidade de cursar o ensino superior, o jovem professor mudou-se para a capital do Estado, onde fez o curso de Direito. Nesta época, trabalhou na Secretaria Estadual de Educação e, ainda, como acadêmico de direito, foi professor e diretor auxiliar do Colégio Tiradentes, escola tradicional que existia no centro de Curitiba.
Em 1967, quando concluiu o curso de Direito, a convite do prefeito de Palotina, foi trabalhar como secretário de educação do município, onde também foi vereador e professor do ginásio local.
Depois de recusar convite para disputar a prefeitura daquele município, o advogado e professor mudou-se para Maringá. No ano de 1972, assumiu o cargo de inspetor de ensino médio da hoje extinta 32ª Inspetoria Regional de Educação. Em 1973, passou a exercer a função de inspetor seccional, responsável por todo o Noroeste do Paraná.
Professor Cláudio foi ainda secretário de Educação de Maringá na gestão do prefeito Sílvio Magalhães Barros (1972 - 1976), afastando-se então da Inspetoria de Ensino. Ele e sua equipe foram responsáveis pela elaboração do projeto Ginásio na Zona Rural, colocando Maringá como a primeira cidade do Brasil a ter um projeto aprovado pelo Conselho Estadual de Educação nessa modalidade.
Formado ainda em Pedagogia no ano de 1975 e com mestrado em Direito, o professor veio a lecionar na Faculdade de Ciências e Letras de Jandaia do Sul por dez anos e, em 1982, mediante concurso público, assumiu a disciplina de Direito Administrativo, no curso de Direito da Universidade Estadual de Maringá.
Em 1986, o professor Cláudio Ferdinandi deu início à fundação da primeira instituição de ensino superior privada de Maringá, o Cesumar, ao lado do também professor Wilson de Matos Silva. O projeto da faculdade, que teve os dois primeiros cursos abertos no ano de 1990, logrou pleno êxito e hoje Ferdinandi, além de diretor-presidente da entidade mantenedora responde pelo cargo de pró-reitor acadêmico da instituição, que possuiu mais de 16 mil alunos.
Ferdinandi também ocupou o cargo de presidente do Sinepe (Sindicato das Escolas Particulares do Noroeste do Paraná) e, desde 2003, é membro do Conselho de Educação do Paraná, tendo sido reconduzido ao cargo no último dia 28 de setembro.
Cláudio Ferdinandi nasceu em Cambé, no dia 14 de março de 1941. É casado com Marta Tanaka, com quem tem dois filhos, Cláudio Alexandre e Marta Beatriz, que lhe deram os netos Emanuelly, Beatriz e Pedro Henrique.
Comemoração
Para o professor Cláudio Ferdinandi, a homenagem que irá receber da Câmara de Vereadores representa a soma de todo o trabalho que desenvolveu em prol da educação.
"O título é uma forma de a sociedade reconhecer o trabalho que o cidadão de uma comunidade presta e eu me sinto recompensando, porque afinal são 50 anos de dedicação a uma causa. É lógico que eu sobrevivi também desse trabalho, mas sempre fiz com muita dedicação, nunca medi esforços e dei o máximo que pude, advogando pelo interesse e melhoria da educação no Brasil. Portanto, me sinto satisfeito pelo título que hoje sou agraciado", comentou o professor.
Após a outorga do título na Câmara Municipal, o professor receberá para jantar amigos, autoridades e ex-colegas de profissão para comemorar os seus 50 anos de magistério.