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Congresso de Saúde debate nove temas no segundo dia


Com palestras simultaneamente em quatro auditórios, o 3º Congresso Interdisciplinar de saúde prossegue nesta quarta feira com palestras pela manhã e à noite, expondo aos participantes nada menos que nove temas, que vão das interferências emocionais no tratamento da obesidade e as alterações neurofisiológicas oriundas do uso de drogas lícitas e ilícitas às tecnologias aplicadas à saúde.


O Congresso que teve abertura com a presença dos "Doutores da Alegria" prossegue até sexta-feira de manhã. Entre os palestrantes do segundo dia, estiveram o professor doutor em toxologia pela USP, André Malbergier. Ele abordou as alterações neurofisiológicas causadas pelas drogas e disse que hoje a dependência de álcool e drogas é considerada uma doença crônica.


Para o professor, é necessário entender a doença sob um novo conceito para não achar que os tratamentos são ineficientes. "Parar de beber ou usar drogas não significa que a pessoa está curada, pois as alterações cerebrais se mantém no dependente químico. O modo de tratar é que precisa ser diferente", explicou.


Envelhecimento saudável


Ao mesmo tempo, a professora doutora em Educação Física pela Universidade do Porto, Giovana Zarpellon Mazo, abordava no auditório do bloco 1 o tema: "Envelhecer com saúde: É possível"? Segundo ela, sim, mas também é preciso um novo olhar para o envelhecimento. Na visão da doutora, saúde não é só ausência de doença, mas a pessoa continuar ativa social, cultural, espiritualmente, mesmo com as limitações da idade.


Conforme ainda salientou a professora, é preciso ter uma visão muito mais ampliada da velhice e neste ponto o Brasil está adiantado ao ter aprovado o Estatuto do Idoso. "No entanto", observou, "falta a implementação de ações para uma melhor qualidade de vida dos idosos". Para ela, não se deve esperar que as ações venham de cima para baixo, de uma política nacional, mas cada município começar a fazer a sua parte.


Como ressaltou a palestrante, não existe uma receita pronta, mas recomendações para se chegar bem à terceira idade. "Temos de nos prepararmos para o processo de envelhecimento desde pequenos e isso implica na questão educacional, na formação das crianças, em desenvolver atitudes positivas. Não pensar só em cima das perdas que o processo de envelhecimento tem, mas também nos ganhos. Experiência, sabedoria, compreensão do mundo. Diminuir fatores de risco, ter boa alimentação, diminuir nível de estresse são fundamentais e, segundo estimativas, a pessoa consegue viver de 2 a 5 anos a mais quando adquire hábitos saudáveis de vida."


Outro temas


Foram ainda temas de palestras nesta quarta-feira avaliação e prescrição de medicamentos para grupos especiais, atenção multidisciplinar em doenças sindrômicas, atenção interdisciplinar ao paciente obeso, exame a fresco e bacterioscopia e qualidade de vida.


Nesta quinta entram em pauta, saúde baseada em evidências, oncologia no século XXI e o olhar do profissional de saúde, doenças infecto-contagiosas, segurança alimentar e ainda palestras sobre odontologia, Síndrome de Down, Alzheimer e tratamento avançado para feridas e queimaduras.

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