Unicesumar
Unicesumar

Debate sobre o voto chama para a responsabilidade do eleitor


O debate sobre o voto realizado ontem à noite no Cesumar foi uma verdadeira aula de democracia e chamou a atenção das pessoas para a responsabilidade de cada um na escolha de seus governantes.  Na plateia, cerca de 300 estudantes, professores e pessoas da comunidade acompanharam e fizeram perguntas.

O debate começou às 19h30 e foi até as 22h30, com transmissão ao vivo pela Rádio Universitária Cesumar e também pelo site da instituição utilizando uma webcam no Twitter. Muitas pessoas utilizaram esses canais para enviar suas perguntas.

No palco para discutir a importância do voto no processo democrático estavam o presidente do Observatório Social de Maringá, Carlos Anselmo, o filósofo e advogado Cássio Marcelo Mochi, a coordenadora do curso de Pedagogia do Cesumar, Rachel de Maya Brotherhood, o historiador Itamar Fábio da Silveira, da UEM e o professor especialista em Direito constitucional Zulmar Antônio Fachin.

Eleitores
O debate também trouxe vídeos gravados com eleitores nas ruas falando de suas impressões sobre a política brasileira, a forma como acompanham seus candidatos, como fiscalizam e veem as campanhas de rádio e TV nas eleições.

O descrédito dos eleitores nos políticos atuais foi a primeira questão repassada pelos mediadores, os professores Gilson Aguiar e Elaine Guarnieri, aos convidados da mesa. Em muitos momentos, os debatedores foram didáticos, como o professor Zulmar Fachin, ao afirmar que a democracia no Brasil é petrificada pela Constituição e não corre risco de acabar.

Mas na maior parte das vezes foram mais críticos e não faltou análise sobre o comportamento do próprio homem e da sociedade brasileira para que a política "Esteja tão ruim". Como disse Carlos Anselmo, do Observatório Social, as pessoas buscam saber apenas sobre o candidato, o indivíduo, enquanto a pesquisa principal deveria ser sobre o programa de gestão.

Para o historiador Itamar Silveira, falta maturidade democrática no País. "Geralmente os eleitores partem do princípio de buscar alguém para a solução dos seus problemas. É preciso mudar o foco, não buscar um estado que caminhe por mim", disse ele.

Educação
Os debatedores concordaram plenamente quando a educação foi apontada como meio de mudar a mentalidade das pessoas para termos uma maior maturidade política e democrática. A professora Rachel Maya chamou a atenção, no entanto, para o tipo de educação que se dá na escola ou em casa. "Precisamos olhar todo o processo e não só o momento eleitoral. Temos uma educação, definida por políticas públicas, preocupada em preparar o homem para o mundo como está e não para transformá-lo. Ao invés de mudar, as pessoas conformam-se com a questão posta", alertou.

O professor Cássio Mocchi disse que a população não está só descrente do homem público, mas da sociedade em si. Para ele, a mudança deve partir das pessoas. "Mas estas não estão dispostas a participar, a ceder o seu tempo por causas coletivas. Vida pública não é só ter cargo público", completou.

Além de debater outras questões mais pertinentes às próprias eleições, como a exorbitância de dinheiro público gasto em propaganda eleitoral, o debatedores deixaram dicas, no final, para a escolha consciente de candidatos. Mochi lembrou que é preciso ficar atento e ver se aquilo que o candidato promete é possível acontecer e Carlos Anselmo lembrou que o voto não se encerra no dia 3 de outubro. Segundo os participantes é o controle social e a educação que podem de fato mudar a situação política do Brasil. 


Veja fotos do debate

Últimas notícias

Categorias