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Detentos serão atendidos por projeto de Educação Física


Trinta e cinco detentos da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) vão ser atendidos por um projeto do curso de Educação Física, que buscará melhorar as condições de trabalho dentro do presídio e diminuir reclamações sobre dores no corpo.


O projeto foi lançado nesta quinta-feira à tarde, quando a equipe, formada pela  fisioterapeuta Carmem  Patrícia Barbosa e pelos alunos Alysson Lopes,  Elton Eduardo e Jelson José Nascimento, esteve no local explicando aos presos como será o trabalho.


Os detentos vão passar por avaliação postural e ergonômica (avalia condição do corpo em relação ao local de trabalho) e responder a um questionário sobre suas condições físicas. A equipe vai avaliar os dados e depois montar um programa para atendê-los.


Hoje na PEM existem 360 detentos e a maioria trabalha em atividades como reciclagem de lixo, restauração de livros, lixamento de jeans, lavanderia, faxina, montagem de antenas de carro, serigrafia e horta, entre outras.


Proposta


A idéia do projeto nasceu do acadêmico Alysson Lopes, que trabalha como agente penitenciário. Ele contou que levou a proposta à professora por acompanhar a situação e conhecer a realidade do presídio.


"A penitenciária não foi projetada para o trabalho e todos os espaços aqui são adaptados. Por isso a idéia de avaliar a situação e estudar maneiras para  diminuir as dificuldades".


Segundo o estudante, não foi fácil elaborar e colocar o projeto em execução devido às normas de segurança do presídio, que exigiram uma série de providências.


Lembrando a situação de calamidade que toma conta de alguns presídios do país, o diretor da PEM, coronel Antônio Tadeu Rodrigues, falou do trabalho para ressocializar os presos. Segundo ele, "o bom seria não existir penitenciária, mas isto é uma utopia e é preciso que a comunidade entenda que este é um órgão público para amenizar problemas e não aumentar".


Rodrigues lembrou que todos que estão hoje presos voltarão ao convívio da sociedade e precisam estar preparados. "É preciso rigor na aplicação da lei, mas não um tratamento desumano", frisou.


Interesse


Os detentos demonstraram interesse pelas explicações, fizeram perguntas e comentaram, ao final, que gostaram do projeto. "Aprendi coisas que não sabia", disse C. Vieira. "Para mim vai ser importante porque já cheguei até travar a coluna uma vez", comentou W. J. de Lima, enquanto A. A. Rosa, que já praticou atletismo, disse ser importante esse tipo de atendimento para eles.

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