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Doutores da Alegria destacam no congresso de saúde interação com profissionais da área


Com cerca de mil participantes inscritos, o Teatro Marista ficou lotado ontem (19) na abertura do 3º Congresso Interdisciplinar de Saúde, promovido pelo Centro Universitário de Maringá (Cesumar). A atração principal da primeira noite foi a presença de representantes do grupo "Doutores da Alegria", que surgiu em 1991 em São Paulo e se tornou referência em todo o Brasil em trabalhos que levam, por meio da arte do palhaço, alegria para crianças hospitalizadas.


Misturando temas sérios a momentos de total descontração, as " médicas da alegria" conquistaram os participantes do evento. Durante a palestra, a coordenadora de Psicologia, Morgana Mazzetti, e a coordenadora geral do grupo, Soraya Saide, relembraram um pouco do surgimento dos doutores há 17 anos e a importância do trabalho que realizam. "A gente visita crianças que na maioria das vezes não têm referência de arte, não têm essa cultura. Então muitas vezes somos a primeira referência que eles têm de arte. Em muitos casos somos a única também", comentou Soraia.


Mas o trabalho dos doutores da alegria não se restringe aos pacientes. "Nossa relação com os profissionais de saúde é uma relação de colegas, eles são nossos parceiros e o resultado costuma ser importante. O profissional tende a mudar um pouco o seu comportamento, a forma como se aproxima da criança. Ele passa a ter uma outra atitude. Por isso começamos a interagir mais com os profissionais de saúde e é até por isso que participamos de eventos", comentou Morgana sobre a importância da presença do grupo em congressos.


Quando todos os participantes estavam atentos ao que acontecia no palco a terceira palestrante da noite apareceu de forma um tanto inusitada. Do meio da platéia surgiu Enne Marx, a coordenadora do grupo no Recife, fantasiada como nos hospitais e interpretando um papel.


Com brincadeiras e risadas ela demonstrou um pouco do que é o trabalho dos doutores da alegria nos hospitais. "A gente não chega lá com um espetáculo pronto, a gente chega lá e trabalha com o que a criança dá. Nós nos apresentamos como médicos. Não oferecemos entretenimento, a gente oferece mentira pura, nós fingimos que somos médicos e as crianças fingem que acreditam", explicou Soraia.


Se na avaliação das doutoras da alegria, "um bom parâmetro para o palhaço é se as pessoas se divertiram e se ele se divertiu", a interação com o público no Congresso provou que o objetivo foi cumprido.


Como parte ainda da programação, as "Doutoras" da Alegria ministraram um minicurso nesta quarta de manhã, no Cesumar, reunindo estudantes e profissionais de diversas áreas interessados em conhecer um pouco mais das técnicas utilizadas pelo grupo nos hospitais.


O Congresso de Saúde vai até sexta-feira (22), e o encerramento será com uma palestra do ex-ministro da Assistência e Previdência Social, José Cechin, que discutirá a crise do sistema de saúde. A palestra do ex-ministro está aberta para toda a comunidade.

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