A interatividade entre o mundo real e virtual possibilitada pela ciência da computação é uma tecnologia que se amplia e ganha cada vez mais adeptos no mundo. Assim como em vários centros de pesquisas, o professor do Cesumar Luiz Fernando Braga Lopes, doutorando em engenharia elétrica, debruça-se sobre estudos nessa área há dez anos e atualmente enfrenta o desafio de coordenar a parte tecnológica para criação do museu interativo do Cesumar.
Segundo Lopes, a proposta é transformar um museu, que comumente possui informações estáticas e sem a possibilidade do visitante "tocar" em qualquer objeto, prover uma interação dinâmica, imersiva, interativa e envolvente levando os visitantes a um passeio virtual sobre a história de Maringá.
Uma das possibilidades para promover essa interação entre homem e máquina é a tecnologia de Realidade Aumentada, que permite que informações digitais sejam acrescidas ao mundo real criando objetos inexistentes fisicamente. A origem dessa tecnologia veio dos códigos de barra. Como os códigos não estavam mais cumprindo com perfeição a tarefa de carregar todas as informações que se queria obter através de sua leitura, foram criados os códigos 2D (duas dimensões), que permitem o armazenamento de muito mais informações.
Basicamente, o que acontece na Realidade Aumentada, é que uma webccam capta a imagem real de um código D2 , transmite para um software, este faz a leitura e o transforma num objeto que pode então ser manipulado pela pessoa que acessa o programa no computador.
Para desenvolver esse trabalho, o professor Luiz Fernando vem atuando com uma equipe de 12 alunos da área de informática desde o ano passado. Primeiramente, foram levantados e adquiridos os equipamentos necessários e os softwares para desenvolvimento de aplicações altamente interativos.
Um dos primeiros protótipos desse experimento foi exposto dia 23 passado na entrada do bloco 07, atraindo a atenção de muitos alunos, que pararam para conhecer a tecnologia. A tecnologia exposta combinava o mundo real acrescido de um globo terrestre, possibilitando às pessoas ver o mundo na palma das mãos.
De acordo Luiz Fernando, a intenção é que muitos outros trabalhos sejam expostos fomentando assim a vontade de pesquisa científica na área. Ele destacou o apoio recebido do pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, professor Flávio Bortolozzi, do assessor da pró-reitoria, professor Nardir Sperandio e do diretor de Pós-graduação, Valdecir Bertoncello, para a realização do projeto.