Especialista fala sobre superestruturas nas obras brasileiras em aula de pós-graduação

De acordo com o professor, que esteve presente nos projetos de construção e revitalização de diversos estádios que sediaram a Copa do Mundo no Brasil, entre eles a "Arena Corinthians" - que há seis meses do início do Mundial apresentou problemas de estrutura – a necessidade de estudos e pesquisas neste campo tem sido grande "porque hoje já se sabe que o concreto não é perene, como se pensava antigamente".

Os trabalhos e consultorias que realiza tanto no Brasil quanto internacionalmente são fruto, conforme frisou, das suas pesquisas de mestrado e doutorado, que apontam para a necessidade da manutenção nas obras, assim como projetos mais bem estruturados. "Hoje a engenharia trabalha com prazo muito exíguo e não oferece tempo para projetos bem elaborados", disse ele, ao observar que muitas vezes os projetos vão sendo feitos no decorrer da obra.

Mas segundo o professor, que falou para os alunos sobre os avanços nos diagnósticos, reabilitação e sustentabilidade da construção, com repasse de metodologias e orientações técnicas, sempre é possível uma correção em obra, porém é preciso haver tempo e recursos. A Arena Corinthians, para ele, foi um caso extremo, "porque a obra tinha visibilidade mundial e a seis meses da abertura do Mundial tivemos de detectar e corrigir o problema".

Para o especialista, que é responsável também pelo Parque Olímpico, que irá sediar as olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro, o Brasil está tendo a oportunidade de gerar novos conhecimentos na área e este é um grande legado que fica.