Projeto iniciado este mês pelo curso de Ciências Biológicas do Cesumar vai fazer o levantamento de espécies da fauna como aves, répteis e morcegos existentes na mata ciliar de três fundos de vale de Maringá: os córregos Moscados, Cleópata e o ribeirão Borba Gato, que fazem a ligação entre o Parque do Ingá, o Bosque 2 e o Horto Florestal.
Esse trabalho integra o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica do município de Maringá, lançado em junho pela Secretaria Municipal de Saneamento Básico e Meio Ambiente, cuja proposta principal é a criação de corredores de biodiversidade entre fragmentos florestais do município.
Dentre os projetos apresentados pelo curso, que terão a participação de alunos, de professores e pesquisadores do Grupo de Pesquisa de Biotecnologia e Meio Ambiente, está também a criação de um banco de sementes de espécies nativas dos fragmentos florestais do Parque do Ingá, Bosque 2 e Horto Florestal.
Levantamento
Nesta sexta-feira (2), um grupo de alunos do 1º e 2º anos do curso, coordenados pela estudante de doutorado em Ecologia pela UEM, Camila Crispim, vai realizar a segunda visita a campo para registrar as espécies de aves nesses fundos de vale.
Camila conta que a pesquisa terá duração de um ano. Durante esse tempo, os alunos vão percorrer trechos desses riachos uma vez por mês para fazer a identificação das aves, que pode ser tanto visual quanto pela caracterização do canto.
"O objetivo de estendermos a coleta por um ano é termos um inventário completo de todas as espécies que vivem nessas áreas e inclusive daquelas que migram de outras regiões em determinadas épocas do ano", explica Camila Crispim.
Outro trabalho já iniciado é o registro dos répteis e morcegos do fragmento florestal do Parque do Ingá e Bosque 2, sob coordenação do professor Igor de Paiva Affonso e da bióloga Letícia Karling.
Para a coordenadora do curso, professora Alessandra Valéria de Oliveira, "é gratificante poder colaborar, através de nossas pesquisas, com um projeto de tamanha relevância para a população e o meio ambiente de Maringá. Esperamos obter resultados que possam subsidiar políticas públicas para a proteção de um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo e o segundo mais ameaçado do planeta", disse ela.