Unicesumar
Unicesumar

Ex-integrantes do Grêmio Maringá prestigiam abertura de exposição no Museu Unicesumar


Os museus têm como umas de suas principais características as de preservar e difundir a história de um povo. Ontem (11), durante a abertura da exposição "Grêmio Maringá - Salve, salve o alvinegro do norte", o Museu Unicesumar, além de registrar as glórias e vitórias do Grêmio Esportivo Maringá, reuniu personagens que fizeram parte dessa história nas décadas de 1960 e 1970 e, assim, recordar os feitos da equipe.

Estiveram presentes Edgar Belisário, segundo maior artilheiro do Brasil em 1964, ficando atrás apenas de Pelé; Roderley Geraldo de Oliveira, um dos maiores zagueiros do país na década de 60; Itamar Bellasalma, que integrou em 1977 a equipe tricampeã paranaense e foi ídolo em clubes paulistas; Maurício Gonçalves, goleiro do time durante 10 anos.

E, ainda, Klinger Ramos, o Zuringue;  Rebiti, primeiro gandula do Grêmio; Benedito Alves, o Bico Doce, que foi o primeiro porteiro do Grêmio; Dr. José Carlos Dias de Toledo, médico e dirigente durante os anos 60; Dr. Glicério Pereira de Souza, ortopedista do Grêmio, além de familiares de ex-integrantes e dirigentes.

A cerimônia de inauguração da exposição foi presidida pelo reitor da Unicesumar, Wilson de Matos Silva, e pelo presidente da mantenedora e vice-prefeito de Maringá, Cláudio Ferdinandi, representando o prefeito Carlos Roberto Pupim. A organização do acervo foi feita pelas historiadoras Loide Caetano e Tatiane Caparróz, diretora e coordenadora do Museu Unicesumar.

Matos destacou que a exposição vem ao encontro do propósito do Museu Unicesumar, que é fazer o resgate de nossas histórias. Falou ainda das dificuldades da época para o grêmio e relembrou os nomes de vários dirigentes e empresários que apoiavam o futebol.  "Eu acompanhei a história do Grêmio e vive a satisfação das vitórias", recordou.

Para Ferdinandi, "é uma alegria falar dessa equipe que ainda hoje está latejando em nossos corações. Quem dera pudéssemos alavancar de novo o esporte em nossa cidade recebendo o apoio de investidores. Quem sabe essa iniciativa de expor a memória do time possa estimular o maringaense", sugeriu.

As instalações do museu foram preenchidas por recordações e reencontros de ex-jogadores e ex-funcionários do Grêmio Esportivo Maringá, alguns que não se viam há mais de três décadas. Para Roderley de Oliveira, todos estavam emocionados e ansiosos com a exposição. "Nós defendemos com muita dignidade o nome de Maringá, enfrentamos com orgulho e personalidade grandes times e lutamos sempre com muita garra para conseguir o melhor resultado", disse.

A iniciativa do Centro Universitário Cesumar em resgatar o passado de glórias do futebol maringaense foi destacada pelos ex-jogadores, como Edgar Belisário. "O Grêmio ficou no esquecimento por muitos anos e graças à iniciativa de uma universidade estamos aqui revivendo a nossa história. É uma emoção muito grande reencontrar meus amigos." Ele disse ainda que na época "a gente era uma família e tinha sentimentos pelo clube, jogávamos por amor e não por dinheiro", reforçou.

Em especial, dois ex-atletas, Maurício Gonçalves e Zuringue, apontaram a importância da exposição para seus familiares. "Para nossa família é tudo ver nossos feitos lembrados aqui", salientou Maurício. "Meus filhos e netos estão aqui hoje vendo a minha história, é muito emocionante", admitiu Zuringue, com os olhos marejados.

A torcida que acompanhava o Galo do Norte também foi lembrada por Itamar. "Na arquibancada a torcida arrepiava, hoje ela está adormecida, mas temos certeza que não esqueceu o time".  Zuringue complementou as lembranças afirmando: "era uma torcida guerreira".

Um dos mais entusiasmados com a exposição foi o Dr. Toledo, que por diversas vezes recordava de momentos e valorizava a equipe. "Tínhamos atletas valorosos, que honraram a camisa que vestiram." Rebiti, o gandula que cresceu vendo jogadores em campo, frisou que estava muito feliz em estar ao lado dos homens que ajudaram na sua formação.

A exposição "Grêmio Maringá - Salve, salve o alvinegro do norte" segue aberta ao público até 20 de outubro. Os visitantes encontram nela um videodocumentário, painéis com fotos e textos, uniformes, faixas de campeonatos, flâmulas e totens dos jogadores reproduzidos em tamanho real.

As visitas são gratuitas e os horários de atendimento são de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h45 e, aos sábados, das 10h às 16h. Durante a semana, o museu fecha na hora do almoço, entre 12h15 e 14h.

Últimas notícias

Categorias