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Formação de engenheiros enfrenta desafios no Brasil

Diretor da Abenge apresentou resultado de estudos que apontam dados preocupantes

O professor Vagner Cavenaghi, diretor da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), apresentou na noite de quinta-feira, 14, em Curitiba, os resultados dos estudos realizados neste ano pela entidade com a avaliação dos cursos de Engenharia do Brasil. A pesquisa foi apresentada para um grupo de 60 convidados da Unicesumar.

Nessa pesquisa, a Abenge listou 5.583 cursos de Engenharia no Brasil. Segundo dados do Inep, em 2016, o Brasil formou 100.421 novos engenheiros em 2016, sendo 71,58% por instituições de ensino privadas e 28,42% públicas. Do total de formandos, 35.360 foram da Engenharia Civil, 17.344 de Produção, 11.434 Mecânica e 9.728 Elétrica.

Esses formandos representam apenas 54,28% dos que ingressaram na faculdade. Segundo o Inep, de cada mil candidatos que prestam vestibular para um curso de Engenharia no Brasil, apenas 175 ingressam numa faculdade. Desses, somente 95 concluem os cursos.

Outro problema apontado pelos estudos da Abenge é a qualidade das instituições de ensino de Engenharia. Apenas 4% delas têm IGC 4 ou 5, sendo que as boas avaliações estão concentradas nas universidades públicas. Ou seja, a maioria dos engenheiros brasileiros estão sendo formados por faculdades com IGC 3 ou 2, o que impacta na qualificação dos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho.

Diante desse cenário, a Abenge vem defendendo mudanças na formação de novos engenheiros no país. Segundo Cavenaghi, a metodologia híbrida lançada neste ano pela Unicesumar é uma das respostas a essa necessidade do mercado. Primeiro, pela tecnologia embarcada em toda a metodologia, que usa realidade aumentada e gameficação, entre outros recursos, no processo de aprendizagem. Segundo, porque o aluno não fica limitado por uma carga horária de período integral, que o impede inclusive de trabalhar. Terceiro, porque na metodologia híbrida o aluno tem a oportunidade de vivenciar a prática das Engenharias em laboratórios modernos e completos. Quarto, porque a mesma qualidade do Presencial, reconhecida pelo MEC, está presente na metodologia híbrida. Por fim, pela acessibilidade da metodologia, cujo custo é bem inferior aos cursos presenciais.

Segundo Cavenaghi, a tendência do ensino superior no Brasil, bem como do ensino médio, é a adoção da metodologia híbrida, que valoriza o protagonismo do aluno. “O adolescente de hoje não consegue ficar sentado numa sala de aula assistindo passivamente uma aula por quatro horas diárias. A metodologia híbrida reúne as melhores práticas do presencial e da educação a distância para melhorar a formação dos futuros profissionais”, concluiu.

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