Grupo de Música Barroca apresenta-se no Tempo de Concerto

Criado no início deste ano, é composto pelos músicos Elimar Plínio Machado, Ana Paula Miqueletti, Silva Carla Cristina Nishimura e Juliana Satiko Uejima Muzilli, todos com tempo dedicado ao estudo de músicas antigas.

Plínio Machado, além de ter atuado como fagotista da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, estudou na Schola Cantorum Basiliensis, na Suíça e, na volta ao Brasil dirigiu trabalhos de estudos e divulgação do repertório histórico através de grupos criados na Casa de Cultura da UEL.

Licenciada em música na UEL, Ana Paula Miqueletti atuou como educadora musical na St. James - International School nas áreas de ensino instrumental (teclado e flauta-doce) e musicalização infantil. Concluiu sua especialização em Performance (piano) pela UEL., em 2007 e participou do Simpósio Mundial de Música Coral em Copenhagen, na Dinamarca, no ano passado. É professora de piano, pianista e regente no projeto "Um Canto em Cada Canto - Educação musical através do canto coral", em Londrina.

Carla Nishimura e Juliana Muzilli são sopranos e ambas participaram do Neuma Ensemble Universitário de Música Antiga, realizando diversos concertos e montagens, além de terem atuado como solistas na montagem da ópera "La liberazione di Ruggiero dall´isola di Alcina", em 2004. As duas lecionam técnica vocal e também participam do projeto "Um Canto em Cada Canto".

Repertório

O repertório que irão apresentar no Cesumar inclui músicas desde 1685, como a Suite em Re m, de Haendel, pela qual prestam uma homenagem aos 250 anos da morte do autor. Também de Haendel irão interpretar a cantata Quel fior chšllšlba ride, que  serve de ilustração de sua arte contrapontística. "A Cantata possui três movimentos no padrão rápido-lento-rápido com contrastes de tonalidades, tempo e andamento", explica o músico Plínio Machado.

"Quel fior che all'alba ride" tornou-se o Chorus "His yoke is easy" e  "L'occaso ha nell'aurora" tornou-se "And He shall purify", com abundantes passagens de coloraturas rápidas, e um suporte do baixo contínuo enérgico, de linhas características de Haendel, tanto na forma como progressões harmônicas.

Além de Haendel, estão incluídas no repertório a música  A Toy, A Polish Villanell e Ayre, de Tobias Hume, que explora sonoridades da viola através de acordes como em um alaúde, sendo um dos marcos do repertório da viola da gamba.

De J. S. Bach, será apresentada a ária da Cantata Nr. 61 (do 1º. domingo do Advento), para soprano e, ainda, de Abel, A Sonata em Mi m, que traz uma mostra da mudança de estilo no repertório violístico do final do barroco e início de classicismo.

Encerrando o programa, o grupo apresenta a conhecida obra de François Couperin – Leçons de Tenèbres – que evoca as lamentações de Jeremias e o período de penitência do povo judeu nos cativeiros. É um repertório próprio das celebrações da Semana Santa. No final do texto, tem-se um forte apelo a toda a nação judaica à conversão para que seja salva de suas iniqüidades e se voltem ao Senhor.

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