Iniciaram-se sábado, dia 4, no Cesumar, as aulas da terceira turma do projeto “Adolescente Aprendiz”, uma parceria entre a instituição, o Lar Escola da Criança e o Ministério Público do Trabalho, que tem como objetivo oferecer qualificação profissional a jovens com idade entre 14 e 16 anos vindos de famílias de baixa renda.
O projeto, realizado desde 2003 pelas três instituições, visa proporcionar às empresas da cidade condições de cumprirem a Lei 10.097 que obriga as empresas de porte médio e grande a empregar e matricular em cursos profissionalizantes o número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, do seu quadro de funcionários.
O adolescente aprendiz só pode trabalhar se estiver na escola e matriculado em um curso técnico profissionalizante de nível básico. A empresa que o contrata é obrigada a manter um convênio com a instituição profissionalizante.
Com dois anos de duração, o curso de práticas administrativas oferecido pelo Cesumar e empresas parcerias é dividido em parte teórica, na qual os alunos recebem noções sobre rotinas administrativas, marketing, internet, cidadania, reforço em português e matemática, e parte prática, com o treinamento dentro das empresas.
A professora de Serviço Social Eliane Mauler realizou a parte introdutória do curso, promovendo a integração dos jovens com os colegas, os professores e a instituição.
Para o coordenador pedagógico do projeto, professor Reginaldo Aparecido Carneiro, as expectativas são muito boas para quem conclui o curso. “Ao sair da parte teórica do curso, o jovem já começa a trabalhar em alguma empresa e muitos deles acabam inclusive sendo efetivados. A importância desse projeto dispensa comentários, porque conseguimos fazer com que de fato esses alunos possam entrar no mercado de trabalho”, observou Carneiro.
O que se percebia anteriormente ao projeto, de acordo com o coordenador, é que muitas vezes a empresa abria as portas para aprendizes, mas sem qualquer compromisso com a sua formação. “Já o projeto traz a possibilidade de aperfeiçoamento profissional e os jovens passam a contar com uma outra perspectiva dentro da empresa”, enfatizou Reginaldo Carneiro.