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Inovação é palavra de ordem, diz Mota


Empossado quarta-feira passada como secretário nacional de Inovação Tecnológica do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota esteve no Cesumar no dia seguinte para falar aos cerca de quinhentos professores, coordenadores de cursos e diretores da instituição sobre inovação e o papel das universidades nos dias atuais. Ele fez a palestra de encerramento da Semana Pedagógica, transcorrida entre os dias 31 de janeiro e 4 de fevereiro.

Segundo Mota, que foi reconduzido ao cargo no atual governo, há muita inovação dentro das universidades, mas o problema está na transmissão das informações. "Nós temos uma dificuldade enorme de fazer com que tudo aquilo que é criado chegue aos setores da sociedade que necessitam." O secretário defende que os processos de desenvolvimento tecnológico devem atender aos setores produtivos.


"Se não inovarmos não haverá crescimento sustentável no país", afirmou, ao destacar, entretanto, que não se deve confundir ciência com inovação. Ês universidades devem continuar investindo na pesquisa básica, mas também atender demandas dos setores que produzem e precisam se desenvolver", disse ele, frisando que "ciência e tecnologia são processos adequados à produção de riqueza e não ao conhecimento, como se achava tempos atrás".


O secretário também lembrou o papel importante que têm as universidades na produção de novos conceitos em tecnologia, já que são elas as grandes responsáveis por este desenvolvimento no Brasil, ao contrário dos países mais avançados, em que de 70% dos investimentos com inovação e tecnologia são feitos pelas empresas.


Mota afirmou que a política brasileira de ciência e tecnologia tem sido bem sucedida e "hoje já é um competidor em inovação". "O Brasil forma muito bem seus doutores", destacou, informando que o país tem tido um crescimento médio de 11,3% ao ano em produção científica contra uma média mundial de 4,8%.


"Mas há um gargalo ainda para se inovar, a educação", refletiu, ao fazer uma análise do cenário para os próximos dez anos. Para o secretário, a grande revolução será na disponibilização do conhecimento.  "Não dou três anos e todos os nossos alunos vão estar com nootebook em sala de aula. Teremos uma nova realidade em que a informação não será mais vendida, estará totalmente online , disponibilizada gratuitamente para todos. Os professores terão um novo papel nesse cenário, que será conduzir o processo do conhecimento e não mais ser o transmissor. Já as nossas universidades deverão se desapegar dos conceitos cristalizados para se abrir ao mundo e contribuir efetivamente com o desenvolvimento da nação."

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