"O Arquiteto", de Thiago Ramari, recém-graduado pelo Cesumar, foi indicado para o 13º Sangue Novo de Jornalismo
No segundo ano da faculdade de jornalismo, em 2005, Thiago Ramari, então com 18 anos, decidiu que iria concluir o curso trabalhando no resgate de alguma história que tivesse marcado profundamente Maringá. Dois crimes ocorridos décadas antes na cidade o inquietavam. Após a leitura inspiradora do clássico "A Sangue Frio", escrito pelo norte-americano Truman Capote logo após o assassinato da família Clutter, em 1959, nos Estados Unidos, não teve mais dúvidas: resgataria em livro a história da família Barão, destruída na década de 1980 por dois brutais assassinatos.
O livro-reportagem "O Arquiteto: Revelações sobre os assassinatos dos irmãos Barão", de Ramari, foi apresentado ao Centro Universitário de Maringá (Cesumar) no ano passado como produto de conclusão de curso e agora concorre ao 13º prêmio Sangue Novo de Jornalismo, oferecido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor) com o objetivo de reconhecer as melhores produções de estudantes de jornalismo do Estado.
Outros dois trabalhos disputam a categoria livro-reportagem, ambos de Curitiba: "O Autismo é Outra História", de Nelci Carvalho Guimarães da Silva, da Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil), e "Clandestinos: Um diário dos brasileiros ilegais em Londres", de Narah Julia dos Santos Ferreira, da Universidade Federal do Paraná. A cerimônia de premiação será no próximo dia 30, na capital.
Ramari diz que sempre se interessou por livro-reportagem. "Eu tinha várias idéias e temas para fazer o livro, mas o que me chamou a atenção foi o caso Barão", lembra. Atualmente ele integra a equipe de reportagem do jornal "O Diário do Norte do Paraná" e também apresenta ao vivo o programa "Cinema Falado", que vai ao ar todas as sextas-feiras às 21h, na Rádio Universitária Cesumar (RUC 94,3).
Em entrevista ao jornal Matéria Prima, ele diz que o trabalho que teve para fazer o livro valeu a pena, e o que o deixa mais feliz é ver as pessoas comentando o caso Barão. "Fico contente também quando alguém vem até mim e comenta o quão surpreso ficou ao ler a história da família Barão. Essa era a intenção do livro-reportagem: a partir da apresentação de novos dados, instigar reflexões sobre um caso policial de grande repercussão."
Segundo Jary Mércio, editor de cultura do "Diário", Thiago Ramari é um jornalista responsável, que procura sempre trazer assuntos novos para a editoria. "Quando Thiago recebe uma pauta, ele faz os primeiros contatos e em seguida já dá um retorno ao editor antes de escrever a matéria. Ele é um repórter que está sempre preocupado com o encaminhamento da matéria, desde a pauta até a edição", comentou o editor.
Para a coordenadora do curso de jornalismo do Cesumar, professora Cibele Abdo Rodella, o prêmio organizado pelo Sindijor é de extrema importância para os estudantes de jornalismo por se tratar de um evento que valoriza a profissão. "Para o aluno o evento é muito importante, pois ele pode expor as suas produções acadêmicas, dando, assim, visibilidade do seu trabalho", diz a coordenadora.
A monografia de Thiago Ramari apresentada como trabalho de conclusão de curso está disponível no Portal da Comunicação, hospedado no site do Cesumar, no link TCC2007.
A classificação e a entrega do prêmio Sangue Novo ocorrem a partir das 19h, no Auditório do Sebrae-PR -Rua Caeté, 150, Prado Velho, em Curitiba. Mais informações, clique aqui.