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Museu Unicesumar abre exposição sobre imigrantes japoneses


Como forma de homenagear e mostrar a importância que tiveram os japoneses na colonização e formação de Maringá e região, o Museu Unicesumar abriu a exposição "Brasileiros do Japão, Japoneses do Brasil". Composta por fotos e textos montados em painéis, a mostra ficará aberta até o final do ano, mostrando desde a chegada dos primeiros imigrantes a fatos mais atuais.

A bordo do navio Kassato Maru,  os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil no ano de 1908 e seis anos depois já eram mais de 13 mil espalhados pelo país, em especial na região Norte do Paraná. Ao lado de Londrina, Curitiba,  Assai e Urai, Maringá passou a contar com um dos maiores contingentes de japoneses no Estado. A participação deles no processo de colonização da cidade foi relevante para o seu desenvolvimento econômico.

Esta importante participação tem como ponto de partida o ano de 1939, que marcou a chegada de Mitsuzo Taguchi a Maringá. É a primeira família de japoneses a chegar, quando a cidade ainda nem existia. Taguchi veio primeiro com os dois filhos, Torao e Yoshinori, para derrubar a mata das terras que havia comprado.

Depois dele, outras famílias foram chegando e não demorou muito para que  Maringá passasse a contar com uma das maiores colônias nipônicas do Paraná. Nos primeiros anos, as áreas de maior concentração desses imigrantes eram as localidades do Guaiapó, Morangueira, Cosmos e Floriano.

"Assim como os Taguchi, o que levava muitos a enfrentar a mata virgem com todos os seus mistérios e perigos era a o café, considerado a árvore dos frutos de ouro", contam as historiadoras Loide Caetano e Tatiane Caparroz, responsáveis pela exposição.

Nos dias de hoje, a presença dos japoneses em Maringá e região é notada em todos os segmentos da sociedade e vários elementos da sua cultura fazem parte do cotidiano da vida dos maringaenses.

A exposição mostra ao público estas diversas áreas, apresentando não só os registros dos primeiros que chegaram à região como também os setores de trabalho, a participação na política, a irmandade entre as cidades de Maringá e Kakogawa, a vinda da família imperial à cidade, o caminho de volta dos dekasseguis e o Festival Nipo Brasileiro, considerado a maior festa japonesa no Brasil.

Loide e Tatiane dizem que a exposição é uma homenagem à comunidade japonesa. "Não há imigrante que abandonou mais os seus costumes que o japonês. A razão disto é a enorme diferença entre uma e outra maneira de viver. Diferenças entre usos, costumes, hábitos, clima, língua. Foram obrigados a morar em casas sem tatame, abandonaram o quimono, substituíram a tigela pelo prato, trocaram o hashi pelo garfo e passaram a beber café ao invés do chá", assinalam.

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