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NAI realiza visitas aos internos do Marev

Desde o mês de maio deste ano, a UniCesumar, por meio do Núcleo de Apoio Integral (NAI), retomou um projeto de visitas semanais e momentos de reflexão com os internos do a Associação Maringá Apoiando a Recuperação de Vidas (Marev). Uma vez por semana o pastor e colaborador do NAI, Giuliano Silva, conversa com os dependentes químicos que estão em tratamento e trabalha sobre temas como propósito de vida e esperança.

A UniCesumar mantém um convênio com a Marev há três anos, possibilitando que pessoas que superaram a dependência química, tenham a oportunidade de cursar o Ensino Superior. Esta é mais um ação que faz parte desta parceria entre a instituição e a entidade.

Durante os encontros, o pastor e colaborador do NAI, Giuliano Silva, conversa com os internos, no período de uma hora para compartilhar assuntos do livro “Uma Vida com Propósitos”. Esse trabalho é destinado aos homens que estão na fase três do tratamento, ou seja, prestes a terminar o período de recuperação no Marev.

“Nesse pouco tempo, tenho percebido que esse compartilhar sobre o reencontro deles com a vida, o propósito, o amor que Deus tem por eles e a esperança de que há sempre a possiblidade de recomeço, dá a eles um fôlego a mais em todo o processo de recuperação”, explicou Silva.

Ele ressalta que a maior expectativa que ele tem é que ao saírem eles encontrem no caminho da fé, a possibilidade de nunca mais viverem a experiência de autodestruição.

Estudo

A religião e a espiritualidade servem para afastar jovens e adolescentes das drogas e são pilares para a melhoria da qualidade de vida dos dependentes químicos. Foi o que afirmou o professor do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), o psiquiatra Alexander Almeida Moreira, durante o Seminário Intersetorial de Prevenção, Conscientização e Combate às Drogas, que aconteceu no dia 7 de junho deste ano em Brasília (DF).

Durante sua apresentação, o pesquisador apresentou vários estudos sobre como a religião tem papel de destaque no apoio às pessoas que já utilizaram algum tipo de droga. Um deles mostrou que, nos Estados Unidos, cerca de 9% da população já teve algum problema com entorpecentes e que quase a metade desse número conseguiu superá-lo com apoio de grupos de ajuda mútua e outros 27% procuraram entidades religiosas. "A grande mensagem que fica é a abertura de um repertório de opções de tratamento que deve ser ofertado à população. Cada pessoa vai se adequar a uma. O que nós defendemos é uma abordagem bio-psico-socio-espiritual, ou seja, abordar todos os aspectos do paciente, de modo integrado", explicou.

Uma pesquisa realizada no Brasil com cerca de 12 mil universitários também foi citada pelo psiquiatra no seminário. Esse estudo verificou que aqueles que participavam de um grupo religioso tinham metade das chances de ter utilizado drogas no último mês. "A espiritualidade é um aspecto importante para a população, um dos maiores fatores protetores e que é útil no tratamento para grande parte dos pacientes", destacou Alexander Moreira. Para o professor, as comunidades terapêuticas e os grupos religiosos sofrem ainda muito preconceito, mas que podem ser reconhecidos como um case de sucesso, exemplo da Pastoral da Saúde, que contribuiu para uma mudança de cenário no Brasil.  "Elas criam um ambiente de prevenção com a aquisição de habilidades sociais, modelo de comportamento saudável, senso de sentido de existencial, e valores que promovem a vida, os vínculos familiares e a ausência de substâncias."

 

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