Unicesumar
Unicesumar

Oncologia no século XXI é tratada no Congresso de Saúde


Um dos temas tratados no 3º Congresso Interdisciplinar de saúde nesta quinta-feira foi a oncologia no século XXI. O farmacêutico bioquímico, doutor em Imunopatologia pela USP, Giovani Marinho Fávero, professor da área de saúde da Universidade Estadual de Ponta Grossa, falou sobre o novo olhar que o profissional da área deve ter para os tratamentos de câncer.


Segundo Fávero, o câncer não é uma doença que mata mais hoje em dia, "como se tem impressão". A doença foi diagnosticada pela primeira vez no século 18 a.C e o que há de lá para é sempre uma evolução. "Hoje temos boas armas para combater o câncer, mas temos de olhar para frente vendo o passado. O que existe de prático hoje é um aperfeiçoamento do que tínhamos anos trás", disse ele.


Conforme o médico, novas técnicas de cirurgia vão surgindo enquanto as clássicas permanecem. O que existe de novo nos tratamentos são radioterapias mais pontuais em cima do tumor e novas perspectivas de quimioterapias desenvolvidas com o uso de anticorpos.


Mas cada tumor, como esclareceu, é uma doença separada e precisam ser consideradas suas particularidades. Atualmente existem 120 tipos de cânceres diagnosticados e os investimentos em pesquisas no mundo todo chegam a 3 bilhões de dólares ao ano.


"No futuro próximo, vamos ter diagnósticos já pensando no tratamento", assinalou o palestrante, explicando: "nós temos genes resistentes a múltiplas drogas e à medida que isso é diagnosticado fica mais fácil acertar o tratamento".


Fávero disse ainda que substâncias cada vez menos tóxicas e invasivas melhoram a qualidade de vida do paciente, muito embora é preciso evoluir bastante nos tratamentos da dor. Cerca de 70% dos pacientes com câncer sofrem com dor, informou o especialista.


A visão dos profissionais de saúde deve ser sempre muito atualizada porque tratamentos novos sempre vão surgir. Como disse o palestrante, em duas décadas muita coisa pode mudar. Ele cita o caso da leucemia, que nos anos de 1970 levava cerca de 95% dos pacientes à morte e hoje pode ser curada em mais de 60% dos pacientes.


Concluindo, o pesquisador salientou as boas perspectivas nos diagnósticos, sem deixar de mencionar a importância das políticas preventivas, como é o caso do câncer de útero que foi reduzido muito em todo o mundo graças às campanhas de prevenção.

Últimas notícias

Categorias