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Orientações sobre a gagueira são feitas na Clínica de Fonoaudiologia


A Clínica de Fonoaudiologia do Cesumar está oferecendo hoje durante todo o dia esclarecimentos à população sobre condutas adequadas para se tratar a gagueira, um problema que atinge cerca de 1% da população no Brasil e costuma trazer sofrimentos ao paciente pela dificuldade de comunicação.

O trabalho, que faz parte da campanha nacional de atenção à gagueira, é feito por uma equipe de estudantes do 4º ano e acompanhado pela fonoaudióloga e professora Márcia Cristina do Amaral . O objetivo é conscientizar as pessoas de que a gagueira é acima de tudo uma disfunção da linguagem que tem tratamento e não uma doença.

Segundo a professora Márcia Cristina, há mitos de que a gagueira é hereditária e acredita-se também que seja uma doença neurológica. "Nada disso é certo. Não há pesquisa que demonstre que o problema seja neurológico ou passado de pai para filho. O que é hereditário na gagueira são as idéias, as concepções passadas de geração para geração", afirma a professora, que também é pedagoga e especialista em linguagem pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.

Conforme a especialista, o gago tem de si mesmo uma imagem de mal falante, adquirida geralmente na aquisição da linguagem, e quanto mais se esforça para conseguir pronunciar as palavras mais dificuldade encontra. "Por isso, é importante na primeira infância que os pais estimulem a criança a falar, tenham tempo para ouvi-la e evitem criticar ou completar as frases quando o filho está com dificuldade de se expressar", orienta Márcia.

A funcionária da Universidade Estadual de Maringá, Marinete Martinez  Vicentim, esteve na clínica  de Fonoaudiologia do Cesumar buscando ajuda para o filho de doze anos e disse acreditar que o problema era hereditário, já que o pai também sofre da disfunção. Conforme contou, o filho passou por tratamento psicológico quando era mais novo e melhorou a fala, mas depois voltou a gaguejar. "Vi a divulgação dessa campanha e fiquei muito feliz em saber que ainda temos esse
recurso", comentou a mãe.

A estudante do 4º ano de Fonoaudiologia Mary Godoy não acreditava que a terapia fonoaudiológica pudesse dar bons resultados no tratamento da gagueira enquanto conhecia apenas a  teoria. Mas este ano mudou de visão. "Trabalhando com a prática, vi que realmente dá certo, as pessoas conseguem superar o problema. Elas precisam em primeiro lugar criar uma conscientização, assumir que têm o problema para poder enfrentá-lo. Depois devem esforçar-se para manter o convívio social, e assim, aos poucos, vão conversando e de repente já estão com a fluência bem melhor e nem percebem mais o problema", explicou.

Para a professora Márcia Cristina, os profissionais preparados precisam ser capazes de desconstruir o discurso do gago de que não é capaz de ter fluência. "Todos os gagos têm momento de fluência, o problema é que se vêem como incapazes e então criam um bloqueio. Isso pode ser superado", afirmou ela.

O tratamento para gagueira é oferecido na Clínica de Fonoaudiologia do Cesumar gratuitamente. Pessoas que quiserem informação devem entrar em contato pelo telefone 3027-6360, ramal 255.

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