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Ozires Silva fala sobre a construção do futuro no Cesumar

Na palestra feita a professores e diretores, o ex-ministro destacou a necessidade de crescimento do Brasil

O ex-ministro da infraestrutura entre 1990 e 1991 e fundador da Embraer, Ozires Silva, fez palestra ontem (01) na Semana Pedagógica do Cesumar. Ele discorreu sobre o tema "A construção do futuro" e apontou as dificuldades do Brasil para se tornar um país efetivamente desenvolvido.


O ex-ministro Ozires Silva disse que o Brasil pode ficar para traz se não melhorar a competitividade no cenário mundial

Na visão do ex-ministro, o Brasil corre o risco de ficar para traz de outros países em desenvolvimento se não se tornar mais competitivo globalmente. De acordo com suas informações, o país tem a produção e os produtos mais caros do mundo e não possui condições de avançar se mantiver as exportações baseadas apenas em commodities.

Segundo Ozires, é preciso ter foco na inovação e educação. "O começo de tudo está na educação, nós precisamos agregar conhecimento e dar um passo para frente", disse ele, ao assinalar as mudanças culturais e tecnológicas que estão ocorrendo no século XXI.

O ex-ministro também criticou as limitações impostas pelas regulações no Brasil. "As leis brasileiras criam muitas barreiras aos empresários e isso está nos custando extremamente caro", assinalou.

Ozires apresentou dados do Banco Mundial que mostra o Brasil em 127º lugar, no ano de 2011, entre as nações com maior dificuldade para vencer no mundo dos negócios. E em 53ª posição, entre 56 países, quanto a competitividade. "Isso é trágico", exclamou.

Também lembrou as más condições da educação, em que 70% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais, 80% da população não sabe calcular uma porcentagem e menos de 1% frequenta a universidade. Segundo ele, "estamos insensíveis a um dos problemas mais sérios da nação".

Para Ozires Silva, que hoje atua no ramo da educação como reitor de um centro universtário em Santos (SP), a educaçao precisa do governo e da sociedade. Ele criticou os altos encargos, que coibe aplicações da iniciativa privada nas escolas e universidades e terminou frisando: "o caminho é a educação, a inovação, o empreendedorismo e a liderança. Se não avançarmos nisso, vamos empobrecer".

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