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Palestra orienta pais a educarem com equilíbrio

Trabalhar, levar e buscar os filhos na escola, fazer compras, cuidar da casa, brincar com as crianças, ter tempo de qualidade em família e administrar as finanças. Essas são apenas algumas das tantas tarefas que homens e mulheres desempenham depois que decidem formar um lar. A rotina que acaba consumindo os pais e gerando até alguns transtornos, pode ser bem administrada, se houver um equilíbrio durante a organização de todos esses afazeres. Esta foi uma das principais reflexões trazidas durante a palestra “Somos todos Heróis”, ministrada aos pais da Educação Infantil do Colégio Objetivo, no último mês de março.

O assunto foi abordado pela psicopedagoga clínica e institucional, Ana Maria Tono Cavalaro que iniciou a conversa falando da importância dos pais encontrarem um equilíbrio entre a negligência e a superproteção dos filhos.

Ela explicou que toda vez que os pais superprotegem seus filhos, eles acabam restringindo a criança e ainda ressaltou que essa é a causa da metade dos casos de dificuldade na aprendizagem que chegam no consultório onde ela atende. “A criança fica tão dependente dos pais que isso acaba refletindo na escola”, comentou, enfatizando que é preciso deixar que os filhos resolvam alguns problemas sozinhos e inclusive, desempenhem algumas tarefas, por mais que seja demorado e trabalhoso para os pais.

Já o oposto desta superproteção, que é a negligência, também pode afetar diretamente no aprendizado e no desenvolvimento das crianças. “Na necessidade de suprir tudo o que os filhos precisam, muitos pais se sobrecarregam no trabalho e transferem a educação dos filhos para outras pessoas, negligenciando principalmente o afeto e atenção”, afirma a psicopedagoga.

Por isso, é tão importante que os pais aprendam a educar de forma correta encontrando também um equilíbrio entre afeto e autoridade. Ela explica que o afeto está basicamente ligado ao estar junto, próximo do filo e os limites estão ligados à autoridade. “Quem consegue esse equilíbrio, pode ser considerado um pai participativo”, esclarece, Ana Maria.

Ela também comenta, que um estudo recente sobre o assunto mostra que nas grandes cidades, 45% dos pais são negligentes, 10% são autoritários, 12% são super protetores e 33%, participativos.

Por fim, a psicopedagoga incentiva os pais a esticarem os relacionamentos com seus filhos, separando um tempo em família, proporcionando pelo menos uma refeição por dia em que todos os membros estejam juntos. Ela também destacou que é importante reconhecer que não são super heróis. “Temos que pensar neles e sair desta vida de aparência, muito cobrada pela sociedade”, disse Ana Maria, incentivando os pais a pedirem perdão também, quando errarem.

 

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