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Numa iniciativa do curso Ciências Biológicas, foi realizado um levantamento sobre as espécies de árvores e arbustos existentes no campus do Cesumar e 10% das plantas receberam placas de identificação com o nome popular, científico e a origem.
Sessenta espécies de árvores e 116 espécies de arbustos (plantas de menor porte) foram registradas em todo o campus, que possui, além das espécies plantadas nas áreas de estacionamentos e jardinagem, uma área de mata nativa e outra de mata ciliar.
A flora encontrada no campus é rica e diversificada. Segundo a coordenadora do projeto, professora Edicléia Bonini, doutora em botânica, essa diversidade contribui para a melhoria do ambiente urbano, além de propiciar o aparecimento de outras espécies vivas, como as aves e os insetos, que ajudam a manter o equilíbrio do meio ambiente.
"A presença de arbustos e árvores no ambiente urbano tende a melhorar o microclima, por meio da amplitude térmica, a evapotranspiração e sombreamento, além de promover diminuição das poluições atmosférica, sonora e visual e assim contribuir para a melhoria física e mental do ser humano", destacou Edicléia.
Os dados
O levantamento foi realizado por grupos de estudantes de ciências biológicas e passou por mais de uma etapa. Primeiro eles fizeram a coleta de amostras e a identificação preliminar no campo e posteriormente houve a conferência, correção e complementação dos dados no laboratório de botânica do Cesumar, por meio de consultas à bibliografia da área.
De acordo com Edicléia, os resultados indicam que as espécies arbóreas encontradas nos estacionamentos do Cesumar são adequadas e com pouca idade, não apresentando qualquer problema de manutenção. Ela observou ainda que nas áreas próximas as matas, há pouca interferência atual do homem e existe a presença de várias espécies exóticas (que não provém da mata nativa local). Já, entre as espécies nativas, estão principalmente o Cedro, a Sibipiruna, a Gurucaia, o Ipê e a Pata de Vaca.
Apenas nas áreas de jardinagem e estacionamento foram catalogadas 12.378 plantas, pertencentes a 176 espécies diferentes. Desse total, 91% são espécies arbustivas, como azaléia , pinheiros e floreiras. Já, entre as espécies arbóreas, as mais freqüentes são Aldagro, Sibipiruna, Pata de Vaca, Tipuana e Gurucaia, todas recomendadas para estacionamento por proporcionar sombreamento e ao mesmo tempo possuir frutos secos e leves.
"O conjunto de espécies contidas no campus apresenta um significativo potencial didático, uma vez que podem ser encontrados exemplares de espécies nativas das principais famílias da nossa flora e também espécies exóticas", observou Edicléia, ao ressaltar que as placas de identificação servirão de suporte às atividades práticas de disciplinas de diferentes cursos, como Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Ambiental e Arquitetura.
A coordenadora de Ciências Biológicas, professora Alessandra Valéria de Oliveira, afirmou que o trabalho teve total respaldo da reitoria e lembrou que as placas de identificação das espécies também permitirão à comunidade acadêmica e aos visitantes um maior conhecimento sobre a flora presente na instituição.