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Professor fala para alunos de MBA sobre formação de equipe em empresas

Os alunos de MBA em Recursos Humanos do Cesumar recomeçaram as aulas no último final de semana com a disciplina “Estratégias e Processos de trabalho em equipe”. Quem esteve ministrando o conteúdo foi o conhecido consultor em gestão empresarial e modelagem de empresas, Everton Corrêa. Advogado e bacharel em Comunicação Social, com ênfase em relações industriais, Corrêa estuda o comportamento humano há 30 anos e tem dois livros publicados sobre o assunto. Ganhador por quatro vezes do “Prêmio Top Ser Humano” da ABRH/RS (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul), ele fala nesta entrevista como deve ser o trabalho em equipe nas empresas e chama atenção para os desafios desse modelo de gestão baseado essencialmente na integração.

Para se manterem competitivas no mercado, as empresas precisam investir na formação de equipes?

Everton Corrêa - Sem dúvida. Nós estamos em um processo evolutivo não só no Brasil, mas no mundo todo, no entendimento que as pessoas têm de trabalhar cada vez mais juntas, unidas, integradas, o que não é fácil. Esse processo exige muito da liderança, porque o líder precisa organizar o trabalho de uma forma que todos se sintam integrados e realizados. O ponto fundamental do trabalho em equipe é o objetivo final. O difícil é compatibilizar os objetivos e os sonhos pessoais com os sonhos coletivos. Esse é o grande desafio.

Qual a melhor maneira de montar uma boa equipe de trabalho?

Everton Corrêa - Formar uma equipe é atitude, é comportamento, é as pessoas sentirem que estão unidas, apoiadas pelo colega, que estão sendo vistas, reconhecidas, cada objetivo conquistado ser comemorado. Isso já é um sentido de equipe, de tal forma que se pode formar uma equipe em qualquer lugar.

Então não basta montar uma equipe, é preciso conduzi-la, orientá-la?

Everton Corrêa - Não é só reunir um bando de pessoas e está formada uma equipe. Tem uma série de requisitos para que aquela equipe realmente seja uma equipe. Um dos requisitos fundamentais é a confiança que as pessoas têm de ter umas nas outras. Outro requisito é escolher bem as pessoas em relação às competências. O líder tem de estar focado na escolha dos membros da equipe, para cada um executar uma função com suas potencialidades. Esses são os requisitos para a montagem de uma equipe. Um outro ponto para ter equipe por parte da liderança é a delegação, ou seja, deixar os integrantes da equipe fazerem as coisas com responsabilidade.

A gestão baseada em equipes é mais flexível e reage melhor às mudanças do que os departamentos tradicionais?

Everton Corrêa - O modelo antigo trabalha com pessoas individualizadas, cada um faz uma coisa, sem se conectar com as outras. Hoje, um grupo de pessoas tem de ser totalmente flexível, esse é um dos caminhos para ser equipe. Como os companheiros de equipe são diferentes uns dos outros, é necessário aceitar e entender os demais integrantes para que possa dar certo.

Que tipo de estratégia uma empresa deve adotar para trabalhar em equipe?

Everton Corrêa – Implementar um modelo de gestão de equipes dentro de uma empresa exige uma série de estratégias, a começar pelo próprio planejamento estratégico. É preciso entender que esse modelo é diferente, mas ele traz grandes resultados. Os resultados são as pessoas trabalhando muito mais unidas, muito mais integradas, muito mais afins. Um dos problemas das empresas hoje é que não há clareza de objetivos. Uma das deficiências que atrapalha o trabalho em equipe é quando não há objetivos claros. Então as pessoas nunca sabem com certeza se o resultado do seu trabalho está bom ou não, se estão indo bem ou mal, se estão ganhando ou perdendo. Isso acontece muito. Quando você resolve montar dentro de uma organização um trabalho de gestão por equipes, o primeiro ponto é estabelecer metas e objetivos bem claros. Depois negociar com as pessoas esses objetivos e estabelecer no final, se esses objetivos forem alcançados, qual será o reconhecimento que as pessoas irão ter, financeiro, ou até outros tipos de reconhecimento. Isso é fundamental.
 

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