O reitor Wilson Matos e o vice-reitor Wilson Filho receberam nesta quarta-feira (12) a visita do professor Pasquale Cipro Neto, mais conhecido como professor Pasquale devido ao programa "Nossa Língua Portuguesa" que apresenta em várias TVs educativas. Eles almoçaram juntos, acompanhados por diretores do grupo Maringá FM, responsável pela vinda do professor a Maringá, que teve patrocínio do Cesumar.
À noite, Pasquale fará uma palestra no teatro Marista sobre "Caminhos e Descaminhos da Língua Portuguesa". Mas antes, no Cesumar, ele comentou sobre uma das questões mais discutidas do momento, a reforma da ortográfica brasileira, que entra em vigor a partir de 2009.
Para o professor, num primeiro momento, o acordo ortográfico representa problemas porque não está sendo adotado por todos os países de língua portuguesa. Ele criticou a forma como o Brasil adotou as novas regras, que começaram a ser elaboradas em 1986 e ficaram "engavetadas" de 1990 até 2007, quando o governo brasileiro resolveu "levantar a bandeira" e colocar em vigor o acordo.
"Esse acordo é mais um desacordo", disse o professor, ao salientar que a reforma deveria ter sido melhor pensada, calculada e discutida. Ele salientou o fato de ter pontos ainda nebulosos na reforma e disse que só o vocabulário ortográfico vai resolver . "Mas este é outro absurdo, porque o vocabulário ortográfico, que é o que vai dar o norte, só vai sair depois da entrada do acordo em vigor".
O professor finalizou afirmando que o custo da reforma supera de longe o benefício, de igualar a grafia do português, porque "isso também é uma mentira, já que Portugal não sabe ainda quando adotará as mudanças e continuará escrevendo diferente de nós, brasileiros", enquanto os outros seis países sequer assinaram o acordo.