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O reitor do Centro Universitário de Maringá, professor Wilson de Matos Silva, suplente do senador Álvaro Dias (PSDB), confirmou hoje que irá assumir a vaga no Senado enquanto Álvaro estiver de licença para se recuperar da cirurgia que fez no joelho. A posse será na próxima terça-feira, dia 3, às 15 horas.
Wilson Matos é professor com formação em matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina, mestre em Educação pela Universidade de Marília e fundou em 1990 o Centro Universitário de Maringá (Cesumar), instituição que possui hoje 44 cursos e 12 mil alunos. Pela primeira vez irá assumir um cargo público, porém tem ativa participação em trabalhos pelo desenvolvimento de Maringá e região. Atualmente é presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e do Instituto Tecnológico de Maringá (ITM).
Como dirigente do Cesumar, viajou por vários países conhecendo sistemas educacionais e vem trabalhando há anos pela melhoria da educação no país, participando sempre de debates e elaboração de propostas encaminhadas ao MEC.
No ano passado, professor Wilson recebeu convite do senador Álvado Dias para concorrer à sua primeira suplência e aceitou devido ao compromisso do senador com a Educação. Como candidato, elaborou um documento (registrado em cartório) com a proposta de colocar 2 milhões de jovens a mais nas universidades brasileiras.
Reconhecendo os escassos recursos do Governo Federal aplicados nas instituições públicas de ensino superior e a falta de vagas para que os jovens brasileiros tenham acesso à universidade, Wilson Matos defende a abertura de linhas de crédito que possibilitem ao estudante, pelo menos, financiar o seu estudo. Hoje, só 12,5% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos freqüentam a universidade e, para o reitor, não há outra forma de o país avançar no desenvolvimento sem ampliar a formação superior da sua população.
Dentre outras propostas que irá defender no Senado, duas visam a possibilitar o ingresso de mais jovens no ensino superior. Uma delas propõe o uso do Fundo de Garantia, pelo credor, para o financiamento estudantil próprio ou de dependentes. Wilson Matos acredita que, da mesma forma como o recurso é utilizado para o financiamento da casa própria, poderia também ser viabilizado para o acesso a educação superior, sonho que muitos jovens e famílias acalentam.
Uma outra proposta é a utilização de parte dos recursos do FAT (Fundo de Apoio ao Trabalhador), em forma de financiamento restituível. De acordo com Wilson Matos, somente 35% dos juros que rendem esse Fundo seriam suficientes para, em cinco anos, levar 2 milhões de jovens à universidade. “A partir do sexto ano, se teria a restituição inicial dos que já se formaram, não precisando mais de dinheiro novo”, esclarece.
O professor também tem defendido propostas para a melhoria do ensino básico. Entre elas, está um maior número de dias letivos e o ensino em período integral. “Precisamos levar a educação deste país a sério, pois estamos nos piores índices educacionais do mundo. O pior é que muito se fala, mas pouco se faz de concreto. Vamos lutar para mudar esta situação”.