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A Ciência da Nutrição faz 30 anos

A Ciência da Nutrição descreve os processos através dos quais organelas celulares, células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo, utilizam as substâncias necessárias obtidas dos alimentos para manter sua integridade, reparando, construindo ou mantendo suas funções.


Para a manutenção destes processos o organismo necessita de nutrientes que são os carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água e das calorias provenientes da oxidação destes nutrientes no organismo.


Todos estes nutrientes necessitam ser consumidos através da dieta diária.


O que é uma dieta saudável?


A dieta saudável reúne todos os nutrientes de que o organismo necessita, sem prescindir de nenhum deles, e também nenhum é mais importante que o outro, todos são necessários cada um com sua quantidade especifica. A dieta saudável deve respeitar as quatro leis da alimentação: Qualidade, Quantidade, Harmonia e Adequação. A lei da Qualidade preconiza que todos os nutrientes precisam ser oferecidos, a lei da Quantidade diz que o organismo deve ser suprido da quantidade correta de nutrientes, nem mais ou menos de nenhum deles, a lei da Harmonia especifica que os nutrientes devem guardar entre si uma relação de proporção, não só na qualidade e quantidade, mas também nas cores, sabores, textura temperatura e a lei de Adequação preconiza que a dieta deve ser adequada ao organismo a que se destina.


É importante também que as pessoas tenham em mente que não existe nenhum alimento completo, que poderia ser ingerido isoladamente, nós precisamos de uma grande variedade de alimentos. Há também que se respeitar os hábitos alimentares, então se um individuo ingerisse somente um tipo de alimento do qual gostasse muito ou por achá-lo completo, rapidamente enjoaria e passaria em pouco tempo a rejeitá-lo. Não existem pílulas ou pós milagrosos, que possam substituir uma alimentação variada e equilibrada.


Atualmente a imprensa falada, escrita, televisionada, popular ou cientifica, tem enfocado exaustivamente o problema da obesidade e das doenças crônico degenerativas e todas as conseqüências para a saúde pública e para a economia. A obesidade resulta da ingestão calórica acima das necessidades e da falta de atividade física para oxidar o excedente, é o que a mídia enfatiza. Claro que não é assim tão simples, se o problema fosse a obesidade bastaria reduzir a ingestão calórica e o peso excessivo seria eliminado.


A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e em muitos casos iatrogênica, e no seu tratamento nenhum fator pode ser isolado.


É preciso também pensar na desnutrição global, pois não se deve acreditar que houve uma inversão, ou seja que a obesidade é maior que a desnutrição, porque não é assim. Milhões de indivíduos vivem com fome ou na margem da inanição. Isto ocorre a despeito de que a Segurança Alimentar (acesso para todos, em todos os momentos, de um aporte continuo de alimentos seguros e nutricionalmente adequados ao desenvolvimento físico e mental normal  e vidas produtivas e saudáveis) seja um direito humano básico implícito nas cartas constitucionais da maioria dos países em desenvolvimento. A insegurança alimentar é um obstáculo aos direitos humanos, à qualidade de vida e à dignidade do ser humano, e atinge principalmente as crianças.


É preciso pensar e  refletir, enquanto uns engordam porque comem muito, outros morrem por não ter o que comer, e há os morrem porque não querem comer. A indústria de alimentos está cada vez mais sofisticada, a indústria de medicamentos para cultura do corpo a todo vapor, a indústria da moda e da beleza exigindo corpos magros e o ser humano no meio bombardeado e sem saída.


É preciso tomar uma atitude, já!


Que tal começar hoje? Comer mais alimentos "in natura" que são mais baratos, beber mais água, comer menos sal, menos produtos industrializados, menos açucares simples, menos gorduras saturadas e gorduras trans, menos proteínas de origem animal, menos frituras, menos álcool e fazer um pouco de exercício.


Uma forma de começar é seguir a Pirâmide Alimentar: 6 a 11 porções de carboidratos (pão, macarrão, massas, arroz); 2 a 4 porções de frutas (laranja, mamão, abacaxi, caqui, banana); 3 a 5 porções de vegetais verdes e amarelos (cenoura, brócolis, tomate, alface); 1 a 2 porções de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja); 1 a 2 porções de carne (de preferência brancas, peixes, aves e ovos); 2 a 3 porções de laticínios (leite, iogurte, queijos); óleos e açucares consumir com moderação, respeitando sempre o tamanho das porções.


Cuide-se. Procure um nutricionista!


Profa. Dra. Gersislei Antonia Salado
Coordenadora do Curso de Nutrição - CESUMAR

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