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Diretor da Mitsubishi vem ao Cesumar conhecer projeto de qualificação profissional


O diretor superintendente da Mitsubishi Corporation do Brasil, Taro Ono, e sua assistente administrativa, Aky Yamanouchi, estiveram nesta sexta-feira no Cesumar para conhecer o programa NikKei Jin, criado pelo Centro Universitário de Maringá em parceria com o Instituto Tomodati, que tem como proposta preparar jovens nikkeis para trabalhar no Japão ou corporações japonesas. O projeto foi apresentado pelo diretor do Cesumar Empresarial, Freud Oliveira, que apontou a forte tendência de falta de mão-de-obra no Japão nos próximos anos.

O país onde a população envelhece e tem hoje a proporção de três trabalhadores ativos para cada aposentado, possui 300 mil nikkeis trabalhando em suas empresas. O problema é que, no Japão, os brasileiros estão na base da pirâmide, ou seja, nos trabalhos menos qualificados. A idéia do Nikkei Jin é mudar isso e fazer com que os brasileiros cheguem mais preparados para exercer funções também nas áreas administrativas e com possibilidade de fazer carreira a longo prazo.

A reunião acompanhada pelo reitor Wilson Matos, pelo diretor executivo do Codem, João Celso Sordi, pelo presidente do Instituto Tomodati, Cláudio Suzuki e outros representantes da colônia nipônica, prosseguiu a manhã toda, oportunidade em que os presentes puderam também conhecer um pouco mais da corporação japonesa no Brasil.

A Mitsubishi Corporation é uma organização formada por diversos grupos que investem em novos negócios, da área de logística e financeira a indústrias de maquinários, de alimentação, química e energia. A Trading possui 200 escritórios espalhados pelo mundo, sendo dois no Brasil. A empresa chegou ao país no ano de 1950.

De acordo com Taro Ono, a Mitsubishi Corporation possui três princípios básicos e um deles é a responsabilidade social. É dentro deste contexto, que "gostaria de investir na parte educacional e por isso resolvemos conhecer o projeto do Cesumar".

Para Freud Oliveira, o Japão enxerga no Brasil um estoque étnico importante para suas organizações. Segundo ele, é necessário reforçar os laços de negócios entre os dois países neste momento em que se comemora os cem anos da imigração japonesa, porém, "é preciso quebrar um paradigma para que os nikkeis possam subir dentro da pirâmide das organizações japonesas". Só o fato de ter atraído o interesse da Mitsubishi, que poderá investir no programa, já é uma vitória, na opinião do coordenador.

O programa

O Nikkei Jin é um programa que visa à qualificação de descendentes japoneses no campo da tecnologia, corporativo e língua japonesa. O programa prevê cursos de quatro meses de duração, baseados no método Kumon e voltados a desenvolver talentos em diversas áreas de trabalho. O primeiro módulo seria voltado a formação de auxiliar administrativo e serviria como um piloto para o desenvolvimento de outros. "O objetivo é ao final de dois anos ter um padrão, um programa empacotado de treinamento que possa servir para qualquer instituição investir", esclareceu Freud.

Ainda conforme explicou o coordenador do projeto, o curso seria composto por três módulos: o primeiro na área de gestão, onde o participante aprenderia noções de gestão, informática com programas em japonês, cultura japonesa e etiqueta; o segundo, na área corporativa, com conceitos das corporações, recursos humanos, marketing e logística e o terceiro módulo de tecnologia, envolvendo ainda visitas técnicas, workshops e suporte psicológico.

Conforme Freud, não existe programa parecido no mundo. "Nosso objetivo é fazer de Maringá um centro de excelência na formação corporativa para o Japão", completou, ao informar que a pretensão é que em 2 anos o programa tenha atendido 280 pessoas.

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