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Estudantes de jornalismo vivenciam tragédia catarinense


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A solidariedade, o instinto jornalístico e o desejo de se aventurar proporcionam inúmeras experiências para futuros jornalistas

Dois estudantes do segundo ano de Jornalismo do Cesumar, Weslle Montanher e Monize Medeiros, viajaram voluntariamente quinta-feira (27) da semana passada para o Litoral Norte Catarinense e percorreram cidades atingidas pelas enchentes, como: Gaspar, Luiz Alves, Itajaí e Blumenau. Os estudantes vivenciaram a tragédia e acompanharam as expedições de alimentos, remédios, roupas e outros donativos executadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) instalada em Itajaí (SC).

Segundo o estudante Weslle Montanher, a idéia de viajar surgiu do interesse de conhecer de perto a situação que as pessoas estão vivendo. "Eu agi por impulso quando comprei a passagem. Era o primeiro ônibus que ia descer para o Balneário de Camboriu (SC) e minha intenção era de fotografar, mas não sabia como eu ia tirar fotos aéreas, mas, Deus colocou tudo no meu caminho."

Os estudantes chegaram em Balneário de Camboriu na sexta-feira por  volta das 6h30, e logo embarcaram para a cidade de Itajaí. A recepção na cidade foi marcada por meio de odores fortes de mofo, entulhos, lixo e terra molhada.  As imagens resultavam em destruição e solidariedade. Mercearias, farmácias, postos de saúde foram saqueados.

O passeio pela cidade foi por meio de um ônibus que levava as pessoas do abrigo para as casas. De acordo com a estudante Monize Medeiros, faziam dois dias que as pessoas estavam desabrigadas, então elas saiam do abrigo para retirarem os pertences de dentro de casa porque a prefeitura ia passar para retirar os entulhos e lama das casas. "O que marcou muito foi que as pessoas não reclamam, só agradecem por estarem vivas," lembra a estudante.

Quando os acadêmicos chegaram à Central de Arrecadação de donativos, na Marejada, em Itajaí, ficaram impressionados com a mobilização do país e até do exterior (Estados Unidos, Japão, China, entre outros), tamanha a quantidade de doações. Lá os estudantes conheceram e entrevistaram os integrantes da FAB, soldados, Major Novaes, a Assessora de Comunicação da prefeitura de Itajaí, o prefeito de Itajaí, Volnei José Morastoni e diversos representantes da cidade.

Para o estudante, o que marcou muito foi à solidariedade das pessoas. "As pessoas deram carona para a gente, três táxis não cobraram a viagem e tudo foi assim. Ao mesmo tempo em que a gente foi fazer solidariedade, fotografia, reportagens, nós também recebemos solidariedade", afirma Weslle.

Segundo a Monize, a experiência foi muito gratificante porque eles não foram tratados como alunos, mas sim, como repórteres da Rede Globo, Record e da Imprensa Nacional em geral. "Não houve diferenças no tratamento, ao contrário, eles ofereciam os computadores, suporte para as entrevistas, transporte aéreo junto com as expedições. Chegamos a sobrevoar por 40 minutos com as portas do helicóptero abertas para fotografar. Não há palavras que possam recompensar a experiência que nós vivemos em Santa Catarina."

Após retornarem a Maringá, os estudantes foram convidados, por meio de telefonemas e de e-mails, a retornarem a cidade para continuar os registros, mas, como haviam viajado voluntariamente, encontram dificuldades financeiras para dar continuidade à história. Mesmo assim, estão atrás de patrocínio para voltar ao local, e também buscam meios de divulgar o trabalho que realizaram nas cidades catarinenes.

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